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SC fecha divisa contra doença de frango no RS

<p>A entrada de ovos, aves e derivados provenientes do Rio Grande do Sul está proibida desde a manhã de ontem em Santa Catarina, por determinação da Secretaria de Estado da Agricultura.</p>

Redação (07/07/06) – O motivo foi a confirmação de um foco da doença de Newcastle, considerada a febre aftosa das aves, numa criação no município gaúcho de Vila Real. A doença, que não é registrada em Santa Catarina desde 1984, é uma das que causam maior restrição nos mercados internacionais, devido a alta mortalidade de aves. O secretário de Agricultura de Santa Catarina, Felipe Luz, disse que a medida é temporária, até receber informações mais detalhadas. Ele lamentou não ter sido informado antes do problema, já que há suspeita de foco há dois meses. – Não recebi nenhum documento e nenhum telefonema. O bloqueio nas 24 barreiras sanitárias com o Rio Grande do Sul tem como objetivo proteger o território catarinense. A medida tem grande impacto em relação ao Estado vizinho, que fica impedido de vender para outras regiões do país. À noite, o secretário de Agricultura gaúcho, Quintiliano Vieira, telefonou para Luz solicitando a criação de um corredor sanitário para a passagem dos produtos do RS. Hoje pela manhã acontece uma reunião na Secretaria da Agricultura para avaliar as informações repassadas pelos técnicos gaúchos. O diretor técnico da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Gécio Humberto Meller, responsável pela coordenação das barreiras sanitárias, disse que o corredor sanitário deverá ser avaliado tecnicamente. – É uma prática comum no mundo todo diante de uma informação como esta. Primeiro fecha-se as porteiras, depois avalia-se o caso. De acordo com Felipe Luz, a Rússia já informou que vai suspender a compra de aves do Rio Grande do Sul mas vai manter de Santa Catarina. O secretário não acredita que o Estado terá problemas com exportação, pois o conceito de regionalização do setor já está sendo disseminado entre os compradores. O presidente do comitê de sanidade das agroindústrias de Santa Catarina, Sadi Marcolin, afirmou que é difícil prever o impacto do foco de Newcastle no Estado vizinho. Avicultores pensam em suspender investimentos Ele afirmou que alguns mercados podem suspender a compra também de SC, mas que a tendência é de restringir somente o produto gaúcho. Sadi Marcolin disse que as medidas exigidas pela Organização Mundial de Saúde Animal foram adotadas, com o sacrifício dos animais infectados e isolamento da área. Outra vantagem é que o foco foi numa criação doméstica e não comercial. O médico veterinário afirmou que a doença é restrita a aves. A possibilidade de suspensão de exportações deixou preocupados os avicultores da região oeste. Cleudes Favareto Varnier, de Coronel Freitas, disse que somente agora esta se recuperando do impacto causado pela gripe aviária na Ásia, Europa e África. A remuneração caiu pela metade, segundo a avicultora. Agora, com dois bons lotes onde conseguiu R$ 7,8 mil, planejava investir mais R$ 60 mil na ampliação de um aviário. Com a notícia do foco de Newcastle, ela vai consultar os técnicos para saber sobre o riscos. ( [email protected] )