Redação (08/06/06)- Os mercados asiáticos da carne australiana, no norte da Ásia, devem ser pressionados pelos Estados Unidos nos próximos meses, mas pode levar anos até os EUA reconquistarem a posição que tinham no Japão em 2003, segundo um relatório divulgado hoje pelo governo australiano, preparado para um encontro sobre commodities em Moree, cidade situada na região do centro de produção de carne em New South Wales.
Além disso, à medida que os embarques dos EUA para o norte da Ásia crescerem, as exportações australianas para outros países, como Canadá, Indonésia e demais nações do Sudeste da Ásia, deverão aumentar, de acordo com o Escritório Australiano de Agricultura & Recursos Econômicos, governamental, ou Abare.
O comércio entre os EUA e o Japão não deverá ser retomado por vários meses, e a despeito de os dois países terem chegado a acordo preliminar sobre as condições para a reinício do comércio, a reentrada é contingenciada pelo desenvolvimento de dois fatores-chave, disse a Abare.
Eles incluem o acordo final sobre as condições da reentrada da carne, esperado para meados deste mês, e de inspeções bem-sucedidas a serem realizadas por funcionários japoneses em 35 processadoras de carne dos EUA autorizadas a exportar para o Japão.
Os produtores e exportadores australianos estão discutindo um aumento do esforço para conquistar o mercado japonês, incluindo campanhas publicitárias.
A Austrália se tornou o segundo maior exportador mundial de carne, depois do Brasil, depois que Japão, Coréia do Sul e muitas outras nações importadoras baniram a carne americana após o descobrimento de um caso da doença da vaca louca nos EUA, no fim de 2003. Os embarques da carne australiana para o Japão, Estados Unidos e Coréia do Sul em maio representaram 89% das exportações totais do país.