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Audiência pública na Câmara dos Deputados discute hoje influenza aviária

<p>No evento serão discutidos os riscos para a saúde humana, o impacto econômico e as medidas preventivas que estão sendo implementadas pelo governo e pela iniciativa privada.</p>

Redação AI (06/06/06)- A avicultura brasileira vive um momento delicado. A ameaça da influenza aviária tem deixado a indústria inquieta. O momento requer ações de prevenção. O setor, grande gerador de empregos 4 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos – defende a adesão dos estados à regionalização como forma de preservar seu peso na economia nacional. A regionalização protege os estados no caso de o vírus chegar ao país. Sem esse sistema, se ocorrer um foco numa determinada região, toda a exportação será prejudicada, diz o presidente da União Brasileira da Avicultura, Zoé Silveira D`Ávila.

Governo e empresas aguardam a decisão dos estados de aderir. A partir daí, os estados poderão restringir ou impor condições para que as aves provenientes de estados que não aderiram e, por conseqüência, não adotaram controles rígidos entrem em seus territórios. A decisão protege o país e é bem vista pela Organização Internacional de Epizootias (OIE), organismo máximo da sanidade animal, e permitirá que o Brasil recorra à Organização Mundial do Comércio caso seu produto sofra embargos políticos de potenciais compradores no exterior.

Em audiência pública conjunta das Comissões de Agricultura da Câmara dos Deputados, e de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, além da Frente Parlamentar da Avicultura, nesta terça-feira (6), serão discutidos os riscos para a saúde humana, o impacto econômico e as medidas preventivas que estão sendo implementadas pelo governo e pela iniciativa privada.

No ano passado, a avicultura exportou US$ 3,5 bilhões. Precisamos tomar todas as providências possíveis, inclusive destinando mais recursos para a prevenção da influenza aviária, pois se a doença chegar ao País será uma catástrofe de proporções imensuráveis. É preciso que o governo libere os recursos necessários, apontados pelos técnicos do grupo executivo interministerial para prevenção da influenza aviária, na sua totalidade, diz o presidente da Frente Parlamentar da Avicultura, deputado Carlos Batata (PFL/PE). No setor agrícola, esses recursos dizem respeito à implantação do plano de prevenção da influenza aviária, melhoria da estrutura laboratorial e vigilância sanitária animal.

A doença é considerada exótica porque nunca houve registro da ocorrência do vírus de alta patogenicidade no Brasil. O país não está na rota de aves migratórias provenientes da Europa, Ásia e África, regiões com registros da doença.