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Congresso Brasileiro de Soja discute rastreabilidade e certificação

<p>Evento acontece de 5 a 8 de junho noCentro de Exposições e Eventos de Londrina (PR).</p><p></p>

Redação (05/06/06)- Como garantir que um alimento, comprado na gôndola do supermercado, foi produzido de forma correta, que ele é seguro e não representa nenhum risco à saúde dos consumidores? Como saber, por exemplo, se os produtos à base de soja não contém OGMs Organismos Geneticamente Modificados?

Estes são os grandes desafios das empresas especializadas que se propõem a fazer a rastreabilidade e a certificação de produtos da cadeia agro-alimentar. O desenvolvimento, a complexidade e a importância deste processo, desde a cadeia produtiva até à mesa do consumidor, serão os principais pontos da palestra Rastreabilidade e Certificação, que será ministrada por Marcelo Holmo, diretor executivo do IGCert / Instituto Genesis, no próximo dia 8 de junho às 15h, dentro da programação científica do IV Congresso Brasileiro de Soja, promovido pela Embrapa, no Centro de Exposições e Eventos de Londrina.

Segundo Marcelo Holmo, não podemos confundir rastreabilidade com alimento seguro. A rastreabilidade, na verdade, pode ser considerada como um complemento e uma parte do Sistema de Gestão de uma empresa, mas não é a solução para os incidentes que envolvam segurança alimentar. Para minimizar os riscos de incidentes é necessária a aplicação de Boas Práticas de Fabricação (no processo industrial), Boas Práticas Agrícolas (na produção primária) e Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle. Tudo isso só vem reforçar a rastreabilidade, que é a possibilidade de se achar e seguir o rastro – através dos estágios da produção, transformação e distribuição -, de um um animal, grão ou qualquer outra substância que possa vir a ser incluída na produção de um alimento.

Com a soja, não é diferente. Toda a cadeia agro-alimentar internacional tem sido cada vez mais exigente com relação às formas de produção do grão. E para comprovar a sustentabilidade, a única alternativa, segundo Marcelo Holmo, é a certificação das propriedades, incluindo a produção, cujas informações vão constar na rotulagem do produto exposto à venda.

O Instituto Genesis tem um Departamento de Certificação Vegetal que analisa a soja e faz a certificação, que pode ser com ou sem rastreabilidade. No caso da certificação sem rastreabilidade, não há o acompanhamento e registro do processo de produção. O que se leva em conta são as análises de amostras e a checagem de documentos. A certificação com rastreabilidade é a mais completa, com a verificação de todo o processo de produção e que tem como base o programa de Identidade Preservada IP. Um exemplo de IP é a Fazenda Ribeiro do Céu, do Grupo Vanguarda, do MT, a primeira produtora de soja e milho do mundo a ser certificada dentro das Normas Eurepgap.

A preocupação com a qualidade dos alimentos, que vem ganhando cada vez mais adeptos em todo o mundo, começou há pelo menos 15 anos entre os consumidores europeus.

O vazamento da usina nuclear de Chernobyl, em 1986 e o mal da vaca louca na década de 90, foram alguns dos incidentes mais sérios e que deram o alarme. Aos olhos do consumidor, esses incidentes serviram para aumentar ainda mais as desconfianças sobre a qualidade dos alimentos adquiridos nas gôndolas dos supermercados e alertaram as autoridades para a necessidade de aplicação de regras mais rígidas quanto à responsabilidade, desde a produção até a venda de alimentos.

Para assegurar que aqueles produtos expostos, principalmente os de Marca Própria, poderiam ser consumidos sem apresentar riscos à saúde humana e, conseqüentemente, evitar prejuízos, os supermercados decidiram elaborar regras e padrões que passaram ser aplicados desde o processo inicial de produção – conhecido como porteira a dentro – até chegar ao prato dos consumidores. A esses protocolos, eles deram os nomes de Boas Práticas Agrícolas e Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle. O primeiro a ser desenvolvido pelas redes varejistas foi o protocolo para a cadeia de frutas, verduras e legumes.

Desde 1999, todas as normas existentes foram reunidas num protocolo único, conhecido como EUREPGAP Euro Retailer Produce Working Group (EUREP) preconizando as Boas Práticas Agrícolas (GAP), e endossado por 17 grandes organizações que representam os maiores supermercados Europeus. No Brasil, o Instituto Genesis é o coordenador dos grupos de trabalho da Eurepgap para Segurança Integrada de Fazenda, que inclui escopos como bovinos, suínos, ovinos; grãos (como a soja) e cafés verdes, entre outros.

SERVIÇO:
IV Congresso Brasileiro de Soja
De 5 a 8 de junho Centro de Exposições e Eventos de Londrina
Mais informações: www.cnpso.embrapa.br/cbsoja
Instituto Genesis: [email protected]