Redação AI (24/04/06)- Médicos veterinários das secretarias de Agricultura de todos os estados brasileiros participam, a partir de hoje (24), na capital pernambucana, de um curso que permitirá identificar rapidamente os primeiros sintomas da gripe aviária.
Segundo o coordenador de Sanidade Avícola, Marcelo Mota, embora os trabalhos realizados recentemente pelo Ministério da Agricultura indiquem que não foi encontrada a presença de vírus nem na população avícola nem em aves migratórias, o país precisa continuar monitorando o sistema de defesa. Ele informou que estão previstas atividades semelhantes em outros estados.
Mota disse que Recife foi escolhida sede do primeiro evento, que vai até 2 de maio, por causa do fluxo de aves migratórias que freqüentam a ilha da Coroa do Avião, em Itamaracá, e por ser dotada de um laboratório nacional agropecuário, na Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Entre os temas a serem debatidos estão a doença das aves, biossegurança e educação sanitária e georreferenciamento de propriedades avícolas.
Técnicos da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária (Adagro) estão monitorando, desde o início deste mês, aves migratórias que chegam a Pernambuco, provenientes da América do Norte. A ação conta com apoio de biólogos e veterinários da Universidade Federal Rural de Pernambuco e abrange os municípios de Igarassu, Itapissuma, Itamaracá e Paulista. Eles têm feito coletas de sangue nas aves capturadas, para evitar riscos da entrada da doença no estado.
Para o secretário estadual de Produção Rural, Ricardo Rodrigues, os riscos da entrada da doença no país por meio de aves migratórias são quase nulos, uma vez que os focos da enfermidade estão concentrados na Ásia, Europa e norte da África. “O Brasil está fora da rota de migração das aves procedentes desse continentes”, assegurou.