De acordo com dados do Consórcio Antiferrugem, o número de casos de ferrugem asiática nas lavouras de soja do país cresceu em janeiro e já superou as ocorrências registradas em dezembro. São 67 pontos com ocorrência da doença neste mês, bem acima dos 20 casos no mês passado.
Neste momento, o número de ocorrências é maior no Paraná, com 47 de dezembro até agora, seguido pelo Mato Grosso do Sul, com 13 e São Paulo, com 12.
Segundo a Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS), o clima quente e úmido favorece o surgimento da ferrugem asiática nas plantas. André Dobashi, presidente da Aprosoja-MS, diz que as boas práticas para o enfrentamento da ferrugem iniciam na entressafra, com o controle de plantas voluntárias no vazio sanitário. “A semeadura antecipada, quando permitida pelas condições climáticas, é uma boa alternativa para reduzir os riscos, já que a presença do patógeno aumenta conforme o andamento do ciclo de cultivo.
O monitoramento constante é outro aliado do produtor, pois, a partir dele é possível identificar a doença no início do ciclo, aumentando a eficiência dos produtos controladores”, disse, em comunicado. Os sintomas causados pelo fungo causador da ferrugem asiática Phakopsora pachyrhizi),iniciam no terço inferior das plantas, com pequenas lesões escurecidas na face superior e estruturas de reprodução do patógeno na face inferior das folhas.
Com a evolução da doença, as pontuações aumentam, fazendo com que a área fotossinteticamente ativa seja reduzida, causando amarelecimento e queda das folhas. A partir disso, a produção de fotoassimilados é comprometida, prejudicando o enchimento dos grãos. As perdas na produção de soja podem chegar a 90%.