Redação (10/03/06)- Estados Unidos e União Européia (UE) esperam que a reunião que realizam hoje e amanhã em Londres com outros quatro membros-chave da OMC, como Brasil, Índia, Japão e Austrália, sirva para aproximar suas distantes posições em agricultura e bens industriais.
“Não é uma reunião planejada para tomar decisões”, disse hoje à EFE o Representante de Comércio dos EUA, Rob Portman, que também considerou que a reunião desse grupo de negociadores “é para estreitar diferenças” nas negociações da rodada do Desenvolvimento de Doha (2001).
Esses seis países, chamados do Grupo dos Seis (G6) iniciam hoje a partir das 15h (de Brasília) uma reunião que vai até sábado e que está destinada, além de a aparar as diferenças, a especificar quais serão as fórmulas ou modalidades das negociações em agricultura, acesso a mercados para bens industriais (Nama) e serviços, entre outros.
“Já estamos negociando há quatro anos, agora é preciso eliminar as diferenças que nos separam”, declarou Portman após a assinatura de um acordo entre EUA e UE pelo que Washington reconhecerá as denominações de origem européias e Bruxelas aceitará as práticas enológicas americanas.
Por sua parte, a comissária européia de Agricultura, Mariann Fischer Boel, que também participou desse ato, disse à EFE que “esta é uma reunião decidida para ver que passos podemos dar para cumprir com os objetivos de concluir as modalidades em agricultura, Nama e serviços em 30 de abril”.
Após a conferência ministerial de dezembro passado, em Hong Kong, os 150 países da Organização Mundial do Comércio (OMC) decidiram a data de 30 de abril como o prazo em que devem decidir as fórmulas ou modalidades da redução de subsídios e tarifas nesses três setores econômicos.
Decidiram também pôr fim em 2013 aos subsídios que os países desenvolvidos dão para as exportações agrícolas.