Redação AI 28/02/2005 – O mercado brasileiro de frango termina a semana com preços inalterados se comparado à semana anterior e sem negócios de volume. Para produtores e indústrias, a fraca demanda de final de mês impede qualquer reação das cotações nesse momento.
Em São Paulo, o frango vivo fechou a semana cotado a R$ 1,35 contra R$ 1,40 da última sexta-feira. “O mercado é calmo e os volumes que estão saindo não são suficientes para mexer com os preços”, admite fonte paulista. A expectativa é de um movimento melhor a partir do quinto dia útil de abril, em função do pagamento de salários.
Em Minas Gerais, o frango vivo fechou a semana a R$ 1,30/g, sem alterações com relação à abertura. “Não chega a haver excesso de mercadoria, mas o mercado é pouco procurado”, admite fonte mineira. Para Carlos Mazurek, de Safras & Mercado, tanto a oferta quanto a demanda seguem controlados, o que tem contribuído para manter o mercado calmo.
Alojamentos
Já o alojamento de pintos de corte de janeiro atingiu 367,8 milhões de cabeças, volume 5,72% superior ao de janeiro de 2004, de 347,9 milhões de cabeças segundo informou a Associação Brasileira dos Produtores de Pinto de Corte-APINCO.
Efeitos
O destaque da semana no mercado de frango ficou por conta do alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS), de uma potencial ameaça global à saúde de seres humanos por causa da gripe do frango. Em conferência sobre a doença no Vietnã, o médico Shigeru Omi falou sobre o perigo de uma pandemia de gripe que pode causar grande número de mortes. Treze pessoas morreram no Vietnã desde dezembro por causa da doença e a Tailândia e o Camboja também registraram mortes ligadas à gripe do frango.
Delegados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) disseram que a gripe do frango está agora entranhada nas aves de países do sudeste da Ásia e provavelmente persistirá por anos. O vírus está se mostrando versátil e resistente e agora é encontrado em animais como gatos e tigres, que não eram considerados suscetíveis anteriormente.
Nos Estados Unidos, a distribuição de carne de frango por parte dos produtores diminuiu depois que o Serviço Federal de Saúde alertou para o que pode ser a pior epidemia à nação desde 1918. A Sandersons Farms SAFM liderou o declínio, diminuindo a comercialização de carne de franço em 2,8%. O Pilgrims Pride perdeu 0,4% e a Tyson Foods TSN sofreu prejuízo de 1,4%, segundo informaram agências internacionais.