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Vacinação in ovo

Assunto foi um dos temas abordados na manhã desta quinta-feira (06/05) na Conferência Apinco 2004.

“Cerca de 85% dos frangos nos EUA recebem vacinação in ovo”, afirma Williams

Redação AI 06/05/04 – 10h15 – Tecnologia que vem ganhando espaço na indústria avícola, a vacinação in ovo foi um dos temas abordados na manhã do segundo dia da Conferência Apinco 2004. Com o título Princípios fundamentais e fatores fisiológicos da injeção in ovo, Christopher J. Williams, doutor em ciências avícolas e pesquisador da empresa americana Embrex, falou sobre a evolução desta técnica no mundo.

De acordo com Williams, a vacinação in ovo vem experimentando grande evolução nos últimos 20 anos graças às pesquisas desenvolvidas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Atualmente, 85% dos frangos de corte dos EUA recebem vacinação in ovo. “Hoje, a vacinação in ovo é aplicada comercialmente no mundo todo. Essa tecnologia permite a colocação de vários antígenos e compostos simultaneamente em mais de 50 mil ovos por hora”, afirma Williams. Segundo ele, num futuro não muito distante, essa tecnologia incluirá capacidades diagnósticas como a determinação do sexo do embrião antes mesmo da eclosão.

Princípios fundamentais da técnica

Em sua apresentação Williams falou sobre os princípios fundamentais de aplicação, que segundo ele, são decisivos para se entender a fisiologia da resposta imune e também a tolerância do embrião a essa tecnologia relativamente invasiva. “É importante conhecer os fatores que influenciam a aplicação para definir melhor o sucesso da aplicação in ovo. Sobretudo, em relação à pesquisa com vacinas e drogas, experimentos clínicos com vacinas e quanto à avaliação dos métodos de aplicação”.

Segundo Williams, os fatores que influenciam a aplicação de vacinas in ovo são: a idade embrionária, o local de aplicação da injeção, a resposta imunológica, a eclodibilidade e as técnicas de vacinação. “A aplicação da tecnologia da injeção in ovo não é simplesmente uma questão de inocular compostos biologicamente ativos ao ovo. A técnica tem que ser estéril e controlada, a inoculação deve ser feita em locais precisos dentro do ovo”, adverte. “Os aspectos da incubação têm que ser coordenados com o momento e a técnica da injeção para maximizar a eclodibilidade e a eficácia da vacina”, completa.

Williams ressalta ainda que é necessário realizar avaliações detalhadas nos embriões para assegurar a idade embrionária e o local da injeção ideais. “As medidas de sucesso das aplicações in ovo e as avaliações do sucesso das vacinas são resultado não só da maneira como as vacinas são aplicadas, mas também do momento da injeção em relação ao estágio de desenvolvimento e do exato local da injeção no ovo em desenvolvimento”.