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Queima de estoque

Os produtores de milho estão desanimados com o alto custo de produção e o preço baixo no mercado. No Paraná, quem ainda tem milho armazenado está vendendo para pagar as contas do novo plantio.

Da Redação 08/11/2004 – Quando colheu as 27 mil sacas de milho em fevereiro, o agricultor Eudes Capelletto guardou toda a produção nos silos da propriedade. Queria melhores preços antes de vender.

A espera durou oito meses e de nada adiantou. Hoje só restaram quatro mil sacas que estão estocadas num barracão. O agricultor precisou vender o milho porque precisava de recursos para a nova safra que já está no campo.

Tinha expectativa que tivesse aumento do preço. Mas chega um ponto que não dá mais para esperar. Então a gente tem que acabar comercializando para pagar os insumos da safra que a gente está plantando agora”, justifica Eudes.

Da metade do ano pra cá, o preço da saca despencou de R$ 20 para R$ 15. “Mesmo com a queda acentuada no mercado internacional em função da grande produção norte-americana. Isso inviabilizou as exportações brasileiras. Se tivermos um volume da ordem de quatro milhões de toneladas este ano, deveríamos chegar a 5,5 ou 6 milhões para enxugar o pouco esse excedente do mercado brasileiro. O mercado internacional está muito ofertado. Então, preço melhores só com problemas na condução dessa safra que está aí”, avalia o Analista de mercado Camilo Motter.

Os Estados Unidos estão terminando de colher uma safra recorde de milho: quase trezentos milhões de toneladas. O aumento em relação à safra passada é de quarenta milhões de toneladas.