Redação AI 11/11/2004 – As exportações de carne de frango atingiram, no acumulado de janeiro a outubro, US$ 2,145 bilhões. O valor é 47% maior do que o obtido no mesmo período em 2003. Em 10 meses, os embarques somaram 2,034 milhões de toneladas, com crescimento de 26% na comparação com igual período do ano passado.
Em outubro, as exportações de carne de frango somaram US$ 217,8 milhões, um aumento de 44% em relação ao mesmo mês de 2003. Foram embarcadas 219.329 toneladas dessa carne para mercados no exterior nesse mês.
O desempenho até outubro indica que as exportações de carne de frango em 2004 vão gerar uma receita cambial próxima a US$ 2,5 bilhões, com embarques de 2,4 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 25% no volume e de 40% na receita cambial, em relação ao desempenho do ano passado.
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Segundo o relatório da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), a análise do desempenho mensal revela que em outubro foi revertida a tendência de queda nos preços, com o melhor preço de venda desde julho deste ano. Na comparação do acumulado de janeiro a outubro deste ano com o mesmo período de 2003, os preços médios da carne de frango brasileira cresceram 8,5% no frango inteiro (US$ 819/tonelada), 23% nos cortes (US$ 1,177/tonelada) e 17% no total (US$ 1,055/tonelada).
Os principais mercados compradores de carne de frango brasileira são o Oriente Médio e a Ásia. De janeiro a outubro, os embarques totais para o Oriente Médio somaram 613.562 toneladas, com aumento de 21,5% e receita de US$ 549 milhões, 35% a mais que no mesmo período de 2003. Para a Ásia foram exportadas 519.296 toneladas, com faturamento de US$ 619,8 milhões de janeiro a outubro, ou seja, 84% maior que o mesmo período do ano anterior.
As exportações em volumes embarcados para os mercados da União Européia caíram 13% entre janeiro e outubro, na comparação com o mesmo período em 2003. De acordo com o relatório, apesar do final da inspeção obrigatória da carne de frango em relação a Nitrofuranos, as exportações continuam afetadas pela sobretaxa de 75% sobre o corte do peito de frango salgado, aplicada pela União Européia e que é questionada pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC).
