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Área de Livre Comércio

Empresas dos EUA querem Alca mesmo sem o Brasil.

Da Redação 18/11/2004 – O presidente da Câmara Americana de Comércio, Tom Donohue, afirmou nesta terça, dia 16, que o governo Bush deveria retomar o empenho pela criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) com ou sem o Brasil e a Argentina. Donohue disse a jornalistas que os Estados Unidos não deveriam permitir que a hesitação dos dois principais países sul-americanos atrapalhe a criação da área de livre comércio com o resto do continente.

“Ao inferno! Deveríamos simplesmente continuar avançando”, disse Donohue aos jornalistas sobre a perspectiva de Brasil e Argentina aceitarem a criação da Alca.

Uma importante fonte do governo dos EUA ligada ao comércio admitiu recentemente que os EUA e o Brasil têm idéias bastante diferentes sobre como seria a área de livre comércio, apesar de as negociações estarem prestes a terminar o prazo final é 1 de janeiro de 2005. Os Estados Unidos e o Brasil são co-presidentes da última rodada de negociações da Alca, um projeto que existe desde 1994.

Tanto o Brasil quanto a Argentina defendem um acordo que fica aquém dos objetivos norte-americanos nas áreas de serviços, investimentos e proteção a direitos autorais e patentes. Ao mesmo tempo, os EUA não estão dispostos a reduzir os subsídios a seus agricultores.

Donohue argumentou que Brasil e Argentina não devem ficar de fora da Alca se Washington conseguir firmar um acordo com o resto do continente.

Acho que se os acordos forem fechados com os demais, isso (a ausência de Brasil e Argentina) não duraria muito”, afirmou.

Para manter a pressão o dirigente empresarial propôs que o Congresso dos EUA aprove um acordo de livre comércio já negociado com cinco países centro-americanos, no começo de 2005. Esse acordo enfrenta a oposição de sindicalistas norte-americanos e de muitos parlamentares democratas.