Redação AI 04/04/2003 – As exportações brasileiras de frango em fevereiro alcançaram o terceiro melhor resultado de todos os tempos, graças às compras da Rússia, que triplicaram de tamanho, e do Oriente Médio, que cresceram 56% em volume, de acordo com a Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef). No Oriente Médio, os compradores formaram estoques preventivos em caso de guerra. Na Rússia, os compradores se anteciparam à entrada em vigor do sistema de cotas de importação, que deve começar em abril.
Em fevereiro, o total embarcado foi de 173.413 toneladas, com crescimento de 59,5% sobre igual período de 2002. O volume de inteiros cresceu 60% e o de cortes, 59,4%. No lado da receita, o grande destaque foi o frango inteiro. O preço médio do inteiro aumentou 10,4%, enquanto a cotação do frango em cortes caiu 21,45%.
A receita obtida no mês de fevereiro teve crescimento expressivo, de 32,6% sobre fevereiro de 2002, totalizando US$ 133,6 milhões, contra US$ 100,7 milhões apurados em fevereiro de 2002.
O Brasil também conseguiu dobrar a venda de industrializados, produtos de maior valor agregado. Neste ano, até fevereiro, elas somaram 4,3 mil toneladas, ou US$ 10,7 milhões. O preço médio foi 1,3% menor, de US$ 2.505 a tonelada em comparação a 2002, quando chegou a US$ 2.537.
No primeiro bimestre deste ano, os embarques somaram 324.210 toneladas, ou 55,1% maiores em relação a igual período de 2002, e geraram receitas de US$ 255,943 milhões, ou 25,6% maiores que no ano passado.
Enquanto Rússia e Oriente Médio alavancaram as exportações brasileiras, Europa e Mercosul seguraram o crescimento no primeiro bimestre. As vendas para a Europa caíram 8,6%, em razão da presença de nitrofurano em cargas provenientes do Brasil. No Mercosul, a retração de 54,5% foi motivada por problemas econômicos enfrentados pela Argentina, o maior comprador, e em razão de medidas antidumping contra o frango brasileiro. As medidas foram revogadas, mas o ritmo de vendas ainda não foi retomado.