Redação SI 13/06/2003 – A partir da próxima segunda-feira, os frigoríficos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul poderão retomar os embarques de carne suína de cidades livres da doença de Aujeszky para a Rússia, informou Pedro Benur, presidente da Abipecs (associação que reúne exportadores).
Circular do Ministério da Agricultura informa que a partir de 16 de junho passa a valer o novo modelo de certificado veterinário para exportação de carne suína, aceito pela Rússia. O documento prevê a certificação como livre da doença de Aujeszky – nos últimos 12 meses – por município. O governo brasileiro defendia a certificação por propriedade afetada pela doença. Ainda segundo a circular, poderão ser exportados itens produzidos a partir de 4 de junho, data em que os russos aceitaram a mudança no certificado, que antes considerava o critério de “livre por Estado”.
Apesar do período em que Santa Catarina e Rio Grande do Sul ficaram fora da Rússia, Benur acredita que as exportações brasileiras crescerão cerca de 10% este ano, para 520 mil toneladas. “Estamos retomando as vendas para a Argentina e esperamos participar com uma fatia na Rússia”, afirmou.
Nos primeiros cinco meses do ano, as exportações de carne suína somaram 192,5 mil toneladas, 24,28% acima de igual período de 2002, segundo a Abipecs. A receita foi de US$ 195,9 milhões, alta de 10,65%. O preço médio no período caiu 10,97%, para US$ 1.018 por tonelada. Benur admitiu que o recuo decorre da disputa entre os próprios exportadores brasileiros na Rússia e também da concorrência com a Polônia.
O embargo russo fez os exportadores buscarem outros mercados, disse Benur. Com isso, a participação da Rússia nas exportações deve ficar entre 60% e 70% este ano. Foi de 79% em 2002.