Redação SI 16/06/2003 – A silagem de grão úmido – sorgo e milho – é amplamente adotada no trato de suínos e de cordeiros em fazendas da Europa e dos Estados Unidos. No Brasil, o sistema foi se difundindo por propriedades rurais do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul, mas continua mais empregado nas granjas de aves e de suínos. Em Goiás, suinocultores de Rio Verde começaram recentemente a fornecer esse tipo de silagem aos seus animais. Números comprovam a diminuição de 6% a 7% no total de custos com o grão úmido, em comparação à ração seca.
Outro fator positivo é que são menores os riscos de perdas com armazenagem de grãos úmidos, menos sujeitos ao ataque de carunchos e outros predadores do que os secos. O pesquisador recomenda que sejam tomados todos os cuidados necessários à produção de boa silagem, a começar pela escolha de um híbrido apropriado de sorgo ou milho, inclusive para o ciclo, se cultivo de safrinha ou de verão.
A compactação deve ser bem feita, de modo a obter cerca de 1 mil quilos por m3. Para evitar perda de qualidade e desenvolvimento de fungos, o material é guardado em silos comuns, de superfície, necessariamente bem vedados e de lonas escuras de plástico. Não se aplica inseticida, enquanto que para os grãos secos o expurgo é indispensável.
O sorgo pode representar vantagem econômica ainda um pouco maior que o milho, por ter menor custo de cultivo, embora com ligeira perda em nutrientes. Segundo o professor da Universidade Estadual de Maringá, os estudos, depois de enfocarem a qualidade e a conservação dos grãos úmidos, passaram à fase de desempenho dos animais e não deixam dúvidas de que é tecnologia vantajosa, mas devem continuar com a avaliação da produtividade do rebanho, para conferir os resultados na prática.