Da Redação 26/08/2003 – O mercado do milho começa mais uma semana em alta, com preço médio de R$ 13,75 no Paraná, ante R$ 12,61 no dia 8 de agosto, quando foi registrada a mais baixa cotação da safra. O crescimento das exportações e a entrega da mercadoria vendida ao governo pelos contratos de opção enxugaram o mercado interno, reduzindo a oferta do cereal. Além disso, as cotações continuam afetadas pelo anúncio de quebra na safra norte-americana e a consequente expectativa de diminuição dos estoques mundiais.
A explicação é da engenheira agrônoma Vera da Rocha Zardo, do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab). Segundo ela, até a última sexta-feira o Porto de Paranaguá tinha embarcado 1,5 milhão de toneladas de milho para o exterior, desde o início da safra. No mesmo período do ano passado, o volume exportado foi de 1,1 milhão de toneladas.
De acordo com os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), em Piracicaba (SP), os preços do grão para exportação subiram 5,61% no período de 15 a 22 de agosto, ficando na média de R$ 18,65 por saca na sexta-feira passada, no Porto de Paranaguá.
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A instituição informou que, apesar do grande volume de milho disponível no mercado interno, não se observou pressão vendedora, tanto que os preços também subiram na média das praças acompanhadas diariamente pelo Cepea. Entre os dias 15 e 22, a alta média acumulada foi de 4,48% no mercado de lotes e 5,23% nos preços ao produtor.
A região que apresentou maior elevação dos preços neste período, de 11,11% nos negócios entre empresas, foi Rio Verde (GO), onde a saca do milho foi cotada a R$ 14,92 por saca na última sexta-feira. O preço pago ao produtor subiu em maior proporção no Norte do Paraná, onde o grão registrou alta de 9,95% nos últimos seis dias. A saca fechou a semana negociada a R$ 13,56.
