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O que é erisipela suína?

Uma enfermidade do tipo hemorrágica que causa septicemia e lesões crônicas.

Redação SI 04/04/2002 A erisipela, também conhecida como ruiva, é uma enfermidade do tipo hemorrágica, causada pela bactéria Erysipelothrix rhusiopathiae, um bacilo gram-positivo, que provoca septicemia aguda ou subaguda e lesões crônicas proliferativas. O E. rhusiopathiae ocorre em várias partes do mundo, onde são produzidos suínos domesticados. O agente causa também poliartrite em ovinos e morte em perus. Foi isolado em órgãos de mamíferos domésticos e selvagens, pássaro, répteis, anfíbios e na superfície corporal de peixes (LEMAN et al., 1992).

O principal reservatório do E. rhusiopathiae é o suíno doméstico. Entretanto, mamíferos selvagens e pássaros também podem ser fonte de infecção. É estimado que 30 50% dos suínos sadios alojam o E. rhusiopathiae nas tonsilas e outros tecidos linfóides, e podem eliminar a bactéria nas fezes e secreções oronasais, criando uma importante fonte de infecção. As bactérias contaminam o solo, a água, a cama e os alimentos, que servem como fonte de infecção (SOBESTIANSKY et al. 1999). A penetração do agente ocorre pela ingestão de alimentos ou água contaminados, bem como através de ferimentos na pele.

Em suínos, a doença é caracterizada por septicemia, lesões cutâneas, poliartrites, lesões nas válvulas cardíacas, pode ocorrer aborto e lesões de células espermiogênicas.

Em humanos, E. rhusiopathiae causa o erisipelóide, uma lesão eritematosa e edematosa de pele, localizada, ocorrendo geralmente nas mãos e dedos, podendo haver inflamação nas articulações da região. É caracterizada como uma doença ocupacional, infectando pessoas que trabalham com manipulação ou processamento de carne, agricultores, veterinários, trabalhadores de curtumes e laboratoristas (ACHA & SZYFRES, 1986). A bactéria foi ocasionalmente isolado em casos de endocardite, mas raramente causa doença septicêmica aguda em humanos. A infecção ocorre através de ferimentos na pele, sendo muito resistente a outras vias de penetração (STRAW et al. 1999).