Redação SI 22/11/2002 – O retorno do status de Zona Livre de Aftosa com Vacinação do Circuito Pecuário Sul (RS e SC) junto à Organização Internacional de Epizootias (OIE) não deve ter impacto imediato sobre a exportação de carne de SC. O selo foi perdido em 2000 em virtude de focos de aftosa no Rio Grande do Sul.
O comitê veterinário de febre aftosa da OIE reúne-se no Rio de Janeiro a partir de segunda-feira (25) para discutir o relatório das medidas para erradicar a doença. O secretário de Agricultura do Estado, Otto Kiehn, observou que quando ocorreram os focos no Rio Grande do Sul o Ministério garantiu que Santa Catarina estava livre de aftosa sem vacinação.
O mercado importador confirmou a sanidade catarinense e continuou comprando carnes do Estado. Por isso, Kiehn avalia que não haverá grandes alterações em breve. Segundo ele, a retomada do status permitirá, em dois anos, pleitear o certificado de Zona Livre de Aftosa sem Vacinação.
Para o secretário, o reconhecimento da OIE é mais um aval da sanidade do rebanho local, que serve de barganha na conquista de novos mercados. Kiehn disse que as barreiras com o Rio Grande do Sul devem permanecer por algum tempo, até que seja igualada a condição sanitária.
O presidente da Federação da Agricultura do Estado de SC (Faesc) e da Coopercentral Aurora, José Pedrozo, não acredita em reflexos no mercado externo. Diz que o RS já exporta carne suína de regiões isentas dos focos.
Para Pedrozo, o estado vizinho está fazendo o dever de casa e os dois estados devem ser solidários nas dificuldades. Por isso, o presidente da Faesc foi contra a separação do Circuito Pecuário Sul. O Circuito Pecuário Sul abrange rebanhos de 14,9 milhões de bovinos, 10,6 milhões de ovinos e 6,5 milhões de suínos.