Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Show atrai mais público

Ontem (13/02/2001), no segundo dia do Show Rural Coopavel 2001, estiveram presentes no Centro Tecnológico Coopavel 22.996 visitantes.

Ontem (13/02/2001), no segundo dia do Show Rural Coopavel 2001, estiveram presentes no Centro Tecnológico Coopavel 22.996 visitantes — número bem superior ao de anteontem, quando participaram 15.861pessoas, totalizando 38.857 participantes até o momento.

“Este segundo dia foi bastante prestigiado, com um público maior do que ontem. O clima também colaborou para a visitação do evento onde houve uma grande movimentação, recebendo diversas autoridades”. Enaltece o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, que é coordenador geral do evento.
De acordo com Dilvo Grolli, a organização operacional está funcionando muito bem e “a grande presença do agricultor é muito positivo, porque ele vem em busca de tecnologia. Estamos surpreendidos pelo interesse de produtores e produtoras em melhorar a propriedade e a produtividade”, informa Dilvo.

Foram registradas as presenças de Odacir Zonta, secretário do Desenvolvimento Rural e da Agricultura do Estado de Santa Catarina e diversas autoridades do setor naquele estado. A diretoria estadual da Telepar também esteve presente, além do superintendente estadual do Banco do Brasil, João Carlos de Mattos, que falou do empenho da entidade no evento.

Entre muitas outras atividades, os produtores acompanharam as exposições técnicas sobre o efeito estufa e suas conseqüências no meio ambiente, que foram mostrados na maquete da Emater. O tema deste ano é “O homem destrói, a natureza reage”.

O tema está representado em dois tempos. Num primeiro momento, os participantes acompanham imagens sobre fenômenos naturais e, em seguida, vêem na maquete os erros cometidos pela humanidade. O homem desmata, provoca queimadas, polui o ar com os rios com indústrias, dejetos e outros, explora o solo de forma predatória provocando erosão, assoreamento dos rios, usa incorretamente agrotóxicos, planta de forma incorreta, além de se auto-destruir com atitudes imprudentes, como por exemplo, abusos no trânsito, guerras. A natureza reage a tudo isso com vendavais, alagamentos, erosões, desequilíbrio do ecossistema, desertificação, doenças etc.

No segundo momento, os visitantes puderam ver uma proposta com princípios técnicos de utilização da terra, de preservação do meio ambiente, onde respeita-se a vida e a natureza retribui com beleza, saúde e bem estar.

Outra exposição técnica muito importante foi sobre a agricultura de precisão, que saiu da teoria para a prática. Equipamentos como GPS, barra de luz já estão disponíveis a um custo acessível ao produtor. Estão sendo demonstradas, por exemplo, a distribuição de calcário e fertilizantes em dosagens variadas durante aplicações no terreno.

O GPS consiste num sistema de posicionamento por satélite, permitindo o manejo da atividade agrícola levando-se em consideração as variações espaciais e temporais de solo e cultura, ou seja, possibilita o mapeamento para o tratamento e análise de dados coletados no campo. A partir da análise destes dados, o produtor otimiza o uso de insumos agrícolas, reduzindo o impacto ambiental da atividade e proporcionando o aumento dos ganhos econômicos. Além disso, o agricultor monta um banco de dados espaciais e temporais de inestimável valor para o desenvolvimento de técnicas, visando o uso racional da terra.

Até o ano passado, para se ter acesso a estes equipamentos, era preciso investir na compra de uma máquina que já dispusesse do mesmo, cujo valor era de aproximadamente US$ 190 mil. Para que essa tecnologia fosse realmente difundida a um maior número de produtores, este sistema já está disponível para ser adaptado em máquinas que os produtores já possuem, tornando o custo acessível. Com aproximadamente R$ 40 mil, o produtor adquire o sistema GPS, a barra de luz, computador de bordo, inclusive com avaliação de produtividade.

A barra de luz é um equipamento utilizado para orientar o operador durante uma aplicação agrícola, para que ele possa se localizar no campo, proporcionando uma redução na incidência de sobreposições da faixas, bem como, de áreas sem aplicação de insumo agrícola. Esse equipamento permite maior facilidade operacional devido ao monitoramento constante pelo GPS, com a possibilidade de retorno preciso ao ponto de parada após o reabastecimento ou um novo período de trabalho.

Osmar Lopes, de Serranópolis, possui uma propriedade de 18 alqueires, onde desenvolve atividades de cultivo convencional, cria gado de leite, suíno, cultiva fumo, entre outros. Ele garante que gostou muito do que viu principalmente na Emater. Na opinião dele, para o agricultor falta aperfeiçoamento, investimento e tecnologia, porque o pequeno produtor, por uma questão financeira, acaba se atrasando nesse processo, afirma Lopes.