O Reino Unido registrou um caso de transmissão de gripe aviária de uma ave para um homem que mantinha contato regular com os animais. A pessoa foi isolada e, segundo a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unidos (UKHSA, na sigla em inglês), não há evidências de que a doença tenha sido transmitida a outras pessoas.
A descoberta ocorreu em uma análise que as autoridades de saúde do país fazem rotineiramente em pessoas que têm contato frequente com animais. O caso foi notificado à Organização Mundial de Saúde (OMS).
Análises laboratoriais indicaram que a infecção no indivíduo é pela cepa do tipo H5, encontrada tipicamente em aves. Não se sabe ainda, porém, se é a cepa H5N1, que foi identificada recentemente em diversos surtos de gripe aviária entre aves criadas no Reino Unido.
A transmissão da gripe aviária de aves para humanos e de humanos entre si é bem rara, segundo a UKHSA. “Atualmente, não há evidência de que a cepa detectada no Reino Unido possa se espalhar de pessoa para pessoa, mas sabemos que os vírus se desenvolvem a todo o momento e continuamos a monitorar a situação de perto. Nós seguimos todos os contatos individuais e não identificamos nenhuma transmissão [entre pessoas]”, disse Isabel Oliver, chefe científica da agência britânica, em nota. Ela reforçou a recomendação para que as pessoas não toquem em aves doentes ou mortas.
A chefe do escritório veterinário do Reino Unido, Christine Middlemiss, alertou ainda que há no país um número crescente de casos de gripe aviária em aves mantidas tanto em fazendas comerciais como em criações caseiras. “A adoção de medidas de biossegurança vai manter nossas aves seguras”, afirmou, em nota.