A detecção do vírus H1N1 em perus no Chile preocupou criadores de outras aves em todas as partes do mundo. O medo que as aves sejam contaminadas com o vírus, que atualmente circula em seres humanos é geral, declarou a Organização de Alimentos e Agricultura (FAO) dos EUA.
As autoridades chilenas relataram, no último dia 20, que o vírus H1N1 havia sido detectado em duas explorações de perus perto do porto de Valparaíso, no Chile. A cepa encontrada nas aves é idêntica à que circula entre as pessoas contaminadas em todo o mundo.
“A atitude do serviço de saúde chileno após a descoberta do vírus foi de acordo com os relatórios de organizações internacionais, deixando os animais em quarentena até se recuperarem em vez de abatê-los, o que é cientificamente correto”, explicou o chefe veterinário da FAO, Juan Lubroth. “Uma vez que as aves doente se recuperem, a produção e o processamento da carne pode continuar seguramente. Elas não apresentam uma ameaça para a cadeia alimentar”, explica Lubroth.
A mistura do vírus H1N1 com os genes das aves se mostrou altamente contagiosa, porém, não é mais comum do que uma gripe sazonal. No entanto, ela se tornaria muito mais perigosa de combinada com a gripe aviária, o vírus H5N1.
“O Chile não tem registros de casos de H5N1. No sudeste asiático, onde existe uma grande quantidade de casos em aves, a preocupação com a mutação do H1N1 é maior”, afirma Lubroth.
Embora as infecções clínicas em suínos e perus tenham sido consideradas leves, é importante perceber que uma pandemia das doenças entre suínos e aves podem trazer graves consequências econômicas, tais como restrições comerciais e percepções equivocadas quanto à qualidade e segurança dos produtos à base de carne, publicou a FAO.
* Tradução Avicultura Industrial