As maiores indústrias de sementes do mercado global farão novos aportes para aumentar a participação no mercado. Syngenta e Monsanto, que tiveram nessa quinta-feira novas variedades de organismos geneticamente modificados (OGMs) aprovadas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), irão agora trabalhar no processo de multiplicação de colocação desses novos produtos no mercado. Três novas variedades de milho foram aprovadas nessa quinta-feira: um resistente a insetos, outro resistente a insetos e tolerante a glifosato e glufosinato (ambos da Syngenta) e um último resistente a insetos e tolerante aos herbicidas glifosato (Monsanto). Com essas novas liberações comerciais, o Brasil tem aprovadas nove variedades de milho GM.
Enquanto Syngenta e Monsanto ampliam seu mercado de milho no País a Dow AgroSciences aumenta participação no mercado norte-americano de sementes de algodão. A companhia por meio da PhytoGen, sua filiada para o setor de sementes de algodão, alcançou pela primeira vez os 10% do mercado de sementes de algodão dos Estados Unidos, em número de unidades vendidas. “A Dow AgroSciences tem uma história muito rica no setor das sementes de algodão, com mais de 50 anos de experiência de trabalho conjunto com os cotonicultores e os pesquisadores da área”, declarou o vice-presidente da Dow AgroSciences para o mercado da América do Norte, Stan Howell. “Esta cooperação foi determinante para a chegada de novos produtos agroquímicos e de novas variedades ao mercado”, destacou.
Segundo Antonio Galindez, presidente e CEO da Dow, uma nova tecnologia com eventos conferindo tolerância a herbicidas à planta do algodão deverá ser lançada no mercado dos EUA em 2015 e, em breve, a PhytoGen colocará no mercado sua primeira semente de algodão para ciclo entre médio e completo. Esta semente e outras serão oferecidas em quantidades limitadas já em 2010. Os lançamentos também incluem uma nova variedade tolerante a nematóides.
No Brasil, a Dow AgroSciences obteve recentemente o registro das sementes WideStrike com proteção contra insetos.
A Bayer CropScience também está acelerando a expansão de seu negócio de biotecnologia e sementes e planejam impulsionar de forma sistemática nos próximos anos os negócios de forte potencial de expansão tais como sementes e de biotecnologia vegetal (traits). “Para isso, a empresa planeja investir até 2018 cerca de 3,5 bilhões de euros em pesquisas e infra-estrutura no negócio de biotecnologia e sementes, sem incluir possíveis aquisições nessas áreas”, declarou Friedrich Berschauer, presidente do conselho de administração da CropScience, durante a conferência de imprensa anual da empresa.
No Brasil, a Bayer está lançando a nova variedade de semente de Algodão LibertyLink e os inseticidas Belt e CropStar, este último em fase de registro para o tratamento de sementes na cultura do algodão. Os lançamentos fazem parte da estratégia da empresa para expandir sua carteira e ampliar de forma sustentável seus negócios nos mercados emergentes em rápido crescimento.
Cana-de-açúcar – A CanaVialis, do grupo Monsanto, lançou nessa quinta-feira suas primeiras variedades de cana para o mercado brasileiro. Os produtos que estão sendo desenvolvidos desde 2003, quando a empresa foi criada, chegam ao mercado em tempo recorde.
Batizadas de CV Pégaso e CV Centauro essas primeiras variedades são precoces – a colheita é prevista para os meses de maio a julho – e têm como principal característica o aumento no teor de sacarose.
Os clones são também mais resistentes à doenças como ferrugem o que, no longo prazo, vai permitir maior produtividade.Segundo Ivo Fouto, presidente da CanaVialis, estas variedades deverão chegar ao mercado a partir de 2012, mas cerca de 60 usinas já as utilizam em fase experimental.
“Nossa base de clientes atual cobre 1,1 milhão de hectares de área plantada com cana no País”, disse o executivo.
De acordo com o presidente da CanaVialis, a próxima etapa será de investimentos em marcadores moleculares para identificar os tipos de genes e unir à biotecnologia já desenvolvida pela Monsanto.