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Desafios para o Brasil

Michael Kidd, nutricionista americano, relata sua opinião sobre o mercado de aves do Brasil.

Redação AI (16/02/06) – O nutricionista da Mississipi State University (EUA), Michael T. Kidd, passou uma temporada no Brasil para avaliar o mercado avícola nacional. Dessa sua estada, Kidd escreveu à revista Poultry, edição Dez 2005/Jan 2006, o seguinte comentário:

 

“Parecia que o único problema dos criadores de aves no Brasil era o dólar com baixas cotações, o que prejudica o lucro das exportações. Porém, existem algumas limitações da infra-estrutura interna do País, cujo potencial de crescimento é muito grande. O Brasil precisa de mais navios, frigoríficos e locais de armazenamento. Também faltam ferrovias e os rios brasileiros não são utilizados devidamente no transporte de mercadorias, aumentando, portanto, o movimento das estradas e causando congestionamentos.

 

A potencial fragilidade do Brasil, no que diz respeito às exportações de frango em larga escala, é a sanidade. Os brasileiros pensam em dividir seu território em regiões ou setores, mantendo as áreas livres de determinadas doenças com o propósito da exportação. A maioria dos países utiliza esse mecanismo de regiões apenas para controle de surtos. Entretanto, a habilidade para controlar outras criações (como galinhas de postura, frangos caipira etc.) seria mais complicado no Brasil através deste sistema.

 

Considerando as exportações, a carne de frango brasileira mais barata é o peito de frango, seguido pelo filé. Já as coxas de frango são as mais valorizadas, seguidas pelo coração. Outro aspecto do mercado brasileiro é a não aceitação de carne escura, oriundas de certos tipos de frangos.

 

Considerando o Brasil competitivo no mercado, é válido lembrar que entre as cinco maiores companhias do ramo, as duas primeiras são legitimamente brasileiras, e as outras três são de origem americana, francesa e chinesa. Após passar algum tempo no Brasil, aparentemente, a visão de mercados não é tão diferente da qu temos aqui nos Estados Unidos”.