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Milho sobe em Chicago

O fechamento de quinta-feira (01/05) voltou a superar os US$ 6,00/bushel, se estabelecendo, para o primeiro mês cotado, um valor de US$ 6,05/bushel.

Redação (05/05/2008)- As cotações do milho, em Chicago, voltaram a subir no final dessa semana, diante da dificuldade dos produtores estadunidenses em semearem suas áreas devido às constantes chuvas. O fechamento dessa quinta-feira (01/05) voltou a superar os US$ 6,00/bushel, se estabelecendo, para o primeiro mês cotado, um valor de US$ 6,05/bushel.

Efetivamente, o plantio de milho nos EUA havia atingido apenas 10% da área projetada em 27/04. O mercado esperava um percentual entre 16% e 19%, sendo que em 2007 o referido plantio chegou a 23% em 29/04 e 53% em 07/05. Se o período ideal para o plantio se encerra em 05/05, embora se possa semeá-lo até 30/05, a situação realmente está complicada para esse produto nos EUA. Isso poderá impactar bastante sobre a soja, que deverá herdar boa parte da área do milho que porventura não seja cultivada.

Os EUA esperavam uma semana de clima bom para impulsionar o plantio, porém, até o dia 01/05 tal realidade estava difícil. As duas próximas semanas, portanto, serão decisivas nesse sentido.

Na Argentina, mesmo diante da nova ameaça de paralisação por parte dos produtores nesse dia 02/05, o mercado esteve relativamente calmo. O vizinho país teria atingido um total de 10,4 milhões de toneladas até o final de abril, diante de um potencial existente de 14 milhões.

Na prática, o mercado do milho sentiu o impacto da discussão e das críticas quanto ao etanol fabricado a partir do cereal, particularmente desenvolvidas pela ONU nos últimos dias. Mesmo assim, diante da evidência de um volume de safra menor nos EUA, pelo menos por enquanto, os preços acabaram se recuperando e se mantendo em níveis recordes em Chicago. Auxiliou para isso o fato do petróleo se manter em níveis historicamente elevados, com a especulação neste mercado não dando sinais de esmorecer.

Enfim, o mercado espera com ansiedade o relatório de oferta e demanda, previsto para o dia 09/05, o qual finalmente deverá trazer as primeiras projeções oficiais de safra, assim como confirmar parcialmente a área que está sendo semeada nos EUA. Lembramos que o relatório final sobre a área realmente plantada será divulgado apenas em 30/06.

Na Argentina, vale ainda destacar que o preço FOB fechou a semana um pouco mais baixo, registrando US$ 245,00/tonelada. Já no Paraguai a tonelada de milho FOB se manteve em US$ 220,00.

Até o dia 24/04, a colheita de milho na Argentina havia atingido a 47%, contra 36% no mesmo período do ano anterior.

Vale destacar que o milho safrinha do Mato Grosso, base Primavera do Leste, vem sendo cotado a R$ 17,50/saco enquanto o base Sorriso fica em R$ 15,50/saco.

A semana terminou com os preços na importação valendo, para o CIF indústria, R$ 34,91/saco para maio, para o produto dos EUA e R$ 32,20/saco para maio e junho, para o produto oriundo da Argentina. Na exportação, o transferido via Paranaguá ficou em R$ 26,18/saco para maio, R$ 25,22 para julho e R$ 25,24/saco para agosto.