Em 2022, o rebanho bovino atingiu um recorde histórico, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento, de acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) divulgada pelo IBGE. Com um aumento de 4,3%, o número de cabeças chegou a 234,4 milhões.
O crescimento do rebanho bovino foi impulsionado pelo aumento dos preços da arroba e do bezerro vivo, levando a um processo de retenção de fêmeas para reprodução. Entretanto, em 2022, houve um aumento no abate de fêmeas, indicando o possível encerramento do período de preços elevados.
Todos os principais rebanhos animais registraram crescimento, exceto por codornas (-8,2%). Os rebanhos de bovinos e suínos aumentaram 4,3% cada, enquanto os bubalinos cresceram 3,0%. Além disso, houve incremento nos efetivos de equinos (0,9%), caprinos (3,9%), ovinos (4,7%), galináceos (3,8%), e galinhas (2,4%). As produções de mel (9,5%) e ovos de galinha (1,3%) também atingiram recordes.
A exportação de produtos pecuários, principalmente carnes, foi uma alternativa para escoar a produção devido à demanda interna enfraquecida. As exportações alcançaram um recorde, e a China se consolidou como um importante mercado para as carnes de frango, suíno e bovino.
O rebanho bovino cresceu em todas as Grandes Regiões do Brasil em 2022. Mato Grosso lidera com 34,2 milhões de cabeças, seguido pelo Pará e Goiás. São Félix do Xingu (PA) manteve a liderança no ranking municipal, com 2,5 milhões de cabeças.
O valor da produção pecuária atingiu R$116,3 bilhões, um aumento de 17,5%. A produção de leite representou 68,8% desse valor, seguida pelos ovos de galinha (22,4%). Santa Maria de Jetibá (ES) liderou o ranking municipal em valor de produção, com R$1,6 bilhão, impulsionado pela venda de ovos de galinha. Castro (PR) ficou em segundo lugar, com R$1,2 bilhão, principalmente devido à produção de leite.
Rebanho de suínos
O rebanho de suínos cresceu 4,3%, atingindo um recorde de 44,4 milhões de animais. A Região Sul concentra a maior parte do efetivo nacional. Com a Peste Suína Africana na China, o crescimento do rebanho suíno foi estimulado, tornando o Brasil o principal destino das exportações de carne suína.
Rebanho avícola
O efetivo de galináceos aumentou 3,8%, alcançando 1,6 bilhão de animais, com o Paraná liderando o ranking estadual. O Brasil é o maior exportador mundial de frangos, e a Região Sul concentra a maior parte do abate de frangos no país.
O efetivo nacional de galinhas cresceu 2,4%, chegando a 259,5 milhões de aves, com São Paulo liderando entre as unidades da federação. A produção de ovos de galinha aumentou 1,3%, atingindo um recorde de 4,9 bilhões de dúzias. O Sudeste foi a região com maior destaque nesse aumento, seguido pelo Sul e Nordeste. O ovo é agora reconhecido como um produto saudável e de preço acessível, impulsionando a demanda e a produção. Parte desses ovos também é destinada à incubação e resulta na criação de frangos de corte, uma atividade em expansão em 2022.