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Levantamento

Estudo inédito da NASA estima o total de biomassa e carbono florestal na Terra

Chamada GEDI (sigla para “Global Ecosystem Dynamics Investigation”), a missão é a primeira a fornecer uma noção bem apurada das medições. 

Estudo inédito da NASA estima o total de biomassa e carbono florestal na Terra

Uma missão da NASA forneceu, pela primeira vez, uma estimativa quase global da biomassa florestal na superfície terrestre, quanto carbono ela armazena. O conjunto de dados permite determinar com alta precisão as incertezas das medições, ajudando a ciência climática a compreender melhor o papel da cobertura vegetal frente às mudanças climáticas.

Chamada GEDI (sigla para “Global Ecosystem Dynamics Investigation”), a missão é a primeira a fornecer uma noção bem apurada das medições. “Ou seja, para cada estimativa de 1 quilômetro de biomassa média, a missão sabe o quanto essa estimativa é confiável”, disse Ralph Dubayah, principal pesquisador.

A estimativa informa os impactos regionais e globais do plantio e desmatamento de árvores e como isso afeta o ciclo do carbono e os ecossistemas.

Instalado na Estação Espacial Internacional, o principal instrumento da GEDI é um LiDAR ((um tipo de “radar laser”) de alta resolução para refletir pulsos de laser na cobertura vegetal da Terra, criando um mapa 3D das florestas, e também das formações terrestres, com uma resolução de 1 km.

Desde que foi lançada em 2018, a GEDI coletou bilhões de medições entre 51,6 graus de latitude norte e sul (nais ou menos entre Londres e as Ilhas Malvinas, respectivamente). Esses dados, quando combinados a medições aéreas e terrestres, revelam a quantidade de vegetação em cada área específica do globo.

Importante para a ciência climática

Dubayah explica que a maior incerteza é não saber, exatamente, o quanto de carbono é armazenado pelas florestas. Os vegetais usam o carbono atmosférico para crescer, mas é necessário saber o quanto desse elemento pode ser liberado pelo desmatamento e incêndios.

A equipe também descobriu que a estimativa da GEDI concordava com os inventários florestais elaborados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação e pelo Inventário e Análise Florestal do Serviço Florestal dos EUA.

John Armston, líder de validação e calibração do GEDI, diz que muitos países com vegetação tropical não possuem inventários florestais nacionais. Por isso o levantamento da missão apoiará relatórios climáticos dessas nações, entre outras aplicações da ciência climática.

A missão GEDI foi estendida em mais um ano, portanto, continuará mapeando a vegetação global até janeiro de 2023. A equipe acredita que esse tempo será o suficiente para apoiar o lançamento da próxima geração de LiDAR e radar, como o NISAR,desenvolvido pela NASA e pela agência espacial da Índia (ISRO).