O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o governador do Ceará, Elmano de Freitas, discutiram os passos necessários para que o estado obtenha o status de livre de febre aftosa sem necessidade de vacinação.
A reunião, que também contou com a presença de técnicos e representantes políticos, focou nos critérios do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA).
O ministro Fávaro enfatizou a importância do reconhecimento para acessar mercados internacionais mais exigentes e destacou os benefícios econômicos que a mudança de status pode trazer para a região.
A iniciativa faz parte de um esforço maior que inclui os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, visando declarar todo o território nacional livre da doença sem a necessidade de vacinação.
Em março, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já havia reconhecido diversos estados e o Distrito Federal como áreas livres da febre aftosa sem vacinação, em conformidade com o PE-PNEFA, que almeja que o Brasil atinja esse status integralmente até 2026.
Atualmente, além de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, algumas regiões do Acre, Rondônia, Amazonas e Mato Grosso são reconhecidas internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como zonas livres da doença sem a necessidade de vacinação.
Neste mês, ocorre a última campanha de vacinação contra a febre aftosa em estados que estão próximos de suspender a imunização obrigatória, enquanto que em outros, como o Ceará e seus vizinhos do Nordeste, a vacinação seguirá em maio e novembro de 2024.
O Mapa reforça a importância de manter a vacinação nas regiões onde ela ainda é necessária, ressaltando as boas práticas de armazenamento e aplicação do imunizante, além da obrigatoriedade de declarar a vacinação nos órgãos estaduais de defesa sanitária animal.