Desde 26 de julho, o número de barreiras sanitárias na região de Anta Gorda (RS) foi reduzido. Equipes técnicas finalizaram as visitas a 858 propriedades rurais dentro de um raio de 10 quilômetros da granja comercial onde a Doença de Newcastle foi confirmada, sem encontrar vestígios do vírus.
Rosane Collares, diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, explicou que os trabalhos estão agora focados em revisitar todas as propriedades da região. Durante essas visitas, os técnicos aplicam questionários aos produtores para avaliar e aprimorar os procedimentos de biosseguridade nas granjas.
As medidas de biosseguridade incluem a instalação de telas para evitar a entrada de pássaros, cercas de isolamento, desinfecção de veículos e materiais, controle de acesso de pessoas, e análise microbiológica da água. Collares também informou que a investigação sobre a origem do surto na granja de Anta Gorda continua, embora o foco já tenha sido encerrado e comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
A Seapi-RS (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do RS) utiliza uma ferramenta de geoanálise desenvolvida pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para gerenciar emergências sanitárias. Esta ferramenta reduz significativamente o tempo de análise de dados, proporcionando uma resposta mais rápida e eficiente ao foco da doença.
Atualmente, apenas três barreiras sanitárias permanecem em funcionamento contínuo: duas na área de perifoco (raio de 3 km) e uma na zona de vigilância (raio de 10 km). Se não houver novas ocorrências, essas barreiras serão mantidas apenas até 1º de agosto.
A granja comercial onde o foco foi identificado passou por desinfecção completa e ficará interditada por pelo menos 42 dias. Após esse período, será possível reintroduzir aves “sentinelas” em quantidade limitada, que serão monitoradas e testadas para garantir a segurança antes de serem abatidas.