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Economia

Dólar Hoje: Expectativas sobre Juros na Ásia, Brasil e EUA, e Declarações de Campos Neto Impactam Câmbio

Dólar Hoje: Expectativas sobre Juros na Ásia, Brasil e EUA, e Declarações de Campos Neto Impactam Câmbio

Na última quarta-feira, 7 de agosto, o dólar comercial registrou uma desvalorização de 0,57%, sendo cotado a R$ 5,6250 para compra. Esse movimento ocorreu em meio a uma série de fatores globais e locais que influenciaram o mercado cambial.

No cenário internacional, a declaração do vice-presidente do Banco do Japão (BoJ) de que não haveria aumento dos juros enquanto os mercados permanecessem voláteis contribuiu para a valorização de moedas com taxas de juros mais altas, como o real. Esse contexto favoreceu o chamado “carry trade”, uma estratégia onde investidores tomam empréstimos em moedas com juros baixos para investir em moedas com retornos mais elevados, como é o caso do Brasil com a Selic mantida em 10,50% ao ano.

Além disso, a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos possa reduzir as taxas de juros a partir de setembro tem gerado otimismo entre os investidores, o que pode aumentar o fluxo de capital estrangeiro para o Brasil, beneficiando ainda mais o real.

No front doméstico, os investidores estavam atentos à agenda econômica do país, incluindo a antecipação do retorno do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e as declarações de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, previstas para esta quinta-feira, 8 de agosto. A divulgação do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) e da produção industrial regional também eram esperadas, com potencial para influenciar o mercado.

Globalmente, o foco estava nos Estados Unidos, onde os números dos pedidos semanais de seguro-desemprego e outros indicadores econômicos poderiam impactar o Ibovespa e os mercados globais. Além disso, as decisões de política monetária dos Bancos Centrais do México e do Peru, bem como os dados econômicos da China, incluindo o índice de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI), estavam no radar dos investidores.

Esses fatores combinados ajudam a explicar a dinâmica do mercado cambial e o comportamento do dólar em relação ao real no período.