A chance de um evento climático La Niña se desenvolver nos próximos meses diminuiu, segundo o departamento meteorológico da Austrália, em sua atualização quinzenal divulgada na terça-feira. De acordo com a previsão, caso o fenômeno ocorra, será fraco e de curta duração. O desenvolvimento de La Niña, assim como o de seu oposto El Niño, é crucial para a agricultura global, já que o evento tende a aumentar as chuvas no leste da Austrália, Sudeste Asiático e Índia, enquanto reduz as precipitações nas Américas.
Segundo o Australian Bureau of Meteorology, o modelo climático interno do departamento sugere que La Niña não se desenvolverá, e quatro dos seis modelos climáticos pesquisados pela entidade concordam com essa previsão. La Niña e El Niño são causados pelo resfriamento e aquecimento das temperaturas da superfície do mar no oeste da América do Sul.
“Se um fenômeno La Niña se desenvolver, a previsão é de que seja relativamente fraco e de curta duração, com todos os modelos prevendo condições neutras até fevereiro”, destacou o departamento.
Outros meteorologistas, incluindo o governo dos EUA, também mostram menor confiança no surgimento de La Niña. Na última semana, um meteorologista americano apontou uma chance de 60% do fenômeno se formar até o final de novembro e persistir entre janeiro e março de 2025, uma previsão revisada em relação ao mês anterior, quando a probabilidade era de 71%.