A demanda crescente por soja nos Estados Unidos, movida por fatores políticos e comerciais, continua a influenciar os preços na Bolsa de Chicago. Nesta quinta-feira, 24 de outubro, os contratos de soja para novembro registraram uma leve queda de 0,13%, fechando a US$ 9,9750 por bushel. Durante o pregão, porém, as cotações atingiram uma máxima de US$ 10,12 por bushel, refletindo a forte demanda pela oleaginosa.
Segundo Ale Delara, sócio da Pine Agronegócios, a disputa eleitoral nos EUA tem sido um fator-chave para o aumento da procura, especialmente com a China antecipando compras para evitar possíveis impactos de uma nova guerra comercial em caso de vitória de Trump. De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), as vendas líquidas de soja para a safra 2024/25 somaram 2,15 milhões de toneladas na semana encerrada em 17 de outubro, 26% acima da semana anterior.
Além disso, a demanda interna de soja nos EUA, particularmente para biocombustível, tem mantido o mercado aquecido, impulsionando as cotações em momentos pontuais.
No mercado de milho, os contratos para dezembro subiram 0,52%, fechando a US$ 5,8150 por bushel, impulsionados por uma demanda robusta. O USDA informou que os EUA negociaram 3,6 milhões de toneladas da safra 2024/25, representando um aumento semanal de 62%.
Da mesma forma, o trigo teve um desempenho positivo, com os contratos para dezembro registrando alta de 0,52%, cotados também a US$ 5,8150 por bushel. As vendas líquidas de trigo somaram 532,9 mil toneladas, um aumento de 6% em comparação à semana anterior.
Esses movimentos refletem a forte demanda global por commodities agrícolas dos Estados Unidos, tanto pela soja quanto pelo milho e trigo.