O avanço da Peste Suína Africana (PSA) na Alemanha registrou novos episódios alarmantes. Um javali encontrado morto no rio Reno, a cerca de 60 km da área central afetada, testou positivo para o vírus, sugerindo que a carcaça foi transportada pelas águas. Embora nenhuma nova zona de vigilância tenha sido criada, autoridades estão inspecionando intensivamente a região com drones e cães de busca, cobrindo 1.850 hectares.
Situação crítica em Hesse e nos zoológicos
O estado de Hesse apresenta a situação mais grave, com 483 javalis selvagens infectados desde junho, concentrados principalmente nos distritos de Gross-Gerau (235 casos) e Bergstrasse (220 casos). Além disso, em um zoológico local, 24 javalis selvagens foram sacrificados após 21 animais testarem positivo.
Desde 2020, a Alemanha registrou PSA em 19 locais com animais em cativeiro, incluindo fazendas e zoológicos. O leste do país, especialmente os estados da Saxônia e Brandemburgo, ainda encontra carcaças infectadas ao longo da fronteira com a Polônia.
Polônia também enfrenta desafios graves
Na Polônia, o cenário é igualmente preocupante. Em 2024, 44 fazendas foram afetadas pela PSA, totalizando 552 locais infectados desde 2014. Um dos surtos mais graves ocorreu em setembro, em uma fazenda com 11.071 animais na Pomerânia Ocidental, próxima à fronteira com a Alemanha.
Impactos e desafios para o controle
A Peste Suína Africana continua a representar uma ameaça significativa para a saúde animal e a economia suína na Europa. Apesar de avanços no controle em algumas áreas, a persistência do vírus e novos focos inesperados desafiam as estratégias de contenção. Autoridades alertam que o esforço coordenado é essencial para evitar a disseminação da PSA e proteger tanto as populações selvagens quanto a produção comercial.
Referência: Pig Progress