Desde fevereiro de 2022, a Gripe Aviária Altamente Patogênica tem causado grandes impactos na avicultura global, com aproximadamente 112 milhões de aves afetadas. Inicialmente restrita às aves, a doença agora expande seu alcance para outros setores, como o gado leiteiro, trazendo novos desafios para a saúde animal e humana.
Na avicultura, os sintomas variam de mortes súbitas a redução na produção de ovos, apatia e diarreia. Aves selvagens, muitas vezes portadoras assintomáticas, também contribuem para a disseminação do vírus. Nos Estados Unidos, o estado de Wisconsin relatou 3,6 milhões de aves afetadas desde março de 2022, com 17 rebanhos comerciais e 19 de quintal sob quarentena.
A situação se agravou em março de 2024, quando a gripe aviária foi detectada pela primeira vez em rebanhos de gado leiteiro. Desde então, 15 estados americanos relataram infecções em 695 rebanhos, com o registro de 57 casos humanos, sendo 34 deles relacionados ao contato com gado leiteiro. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio de gotículas de ar, fezes ou secreções infectadas, causando sintomas que vão desde infecções leves a pneumonia grave.
Além de aves e gado, outros mamíferos como raposas, linces e lontras também foram infectados, geralmente ao se alimentarem de aves contaminadas. Embora o risco de infecção para a população em geral seja considerado baixo, trabalhadores expostos a animais infectados enfrentam maior vulnerabilidade.
A contenção do vírus exige medidas rigorosas de biossegurança, como controle de visitantes, higienização frequente e troca de roupas ao lidar com os animais. Diante da alta demanda por proteínas e da proximidade das festas de fim de ano, a indústria precisa equilibrar o abastecimento com ações preventivas robustas para proteger a saúde pública e a segurança alimentar.
Fonte: Daily Cardinal