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Grãos

Mercado de Grãos: Soja Estável, Milho em Queda e Trigo em Alta

Soja - colheita. Fotos:Jaelson Lucas / Arquivo AEN
Soja - colheita. Fotos:Jaelson Lucas / Arquivo AEN

A quarta-feira (11/12) trouxe pouca movimentação nos preços dos grãos na Bolsa de Chicago, com investidores ainda avaliando os dados do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). As previsões divergentes para soja, milho e trigo marcaram o comportamento do mercado.

Soja: Demanda por Óleo Limita Quedas

Os contratos de soja para janeiro subiram 0,08%, encerrando o dia a US$ 9,9475 por bushel. Embora o relatório do USDA tenha sugerido uma pressão de baixa devido a expectativas de maior oferta, a previsão de aumento na demanda por óleo de soja nos Estados Unidos sustentou os preços.

Francisco Queiroz, analista da Agro Itaú BBA, destacou o papel do óleo de soja no equilíbrio do mercado:

“O mercado ainda está se segurando à espera de uma confirmação do tamanho da safra na América do Sul.”

Milho: Pressão de Estoques Menores

Os contratos de milho para março recuaram 0,17%, fechando a US$ 4,4825 por bushel. Apesar do declínio, Queiroz acredita em recuperação futura, já que o USDA revisou para baixo as projeções de exportações e estoques finais nos EUA, sinalizando um balanço apertado entre oferta e demanda.

“Há uma sinalização de alta para o próximo ano”, apontou o analista.

Trigo: Estoques em Queda e Safra Russa Impactam

O trigo foi o destaque do dia, com alta de 0,27% nos contratos para março, encerrando a US$ 5,6325 por bushel. A redução dos estoques americanos pelo USDA e dados negativos da safra russa contribuíram para o movimento de alta.

A Rússia, maior exportadora de trigo do mundo, cultivou 17,60 milhões de hectares em 2024/25, um milhão a menos que no ano anterior, reforçando a perspectiva de oferta limitada.

Perspectivas para o Mercado

O relatório do USDA reafirmou a complexidade das dinâmicas de oferta e demanda globais. Enquanto o óleo de soja e a limitação de estoques de trigo sustentam os preços, a expectativa pela safra da América do Sul e ajustes nas projeções de exportação podem trazer volatilidade ao mercado nos próximos meses.