Os preços da soja caíram nos Estados Unidos e no Brasil nos últimos dias, devido à redução das transações internacionais da oleaginosa, que resultou em maior volume de estoque de passagem (da safra 2021/22) em relação à quantidade estimada até o mês passado.
Além disso, as recentes chuvas no Hemisfério Norte beneficiaram as lavouras em desenvolvimento, aliviando as tensões de produtores.
A queda nas transações internacionais se deve à menor demanda da China, que deve importar 90 milhões de toneladas na safra 2021/22, quase 10% abaixo da safra passada e o menor volume das últimas três temporadas.
Segundo o relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado no dia 12, o estoque de passagem da safra 2021/22 no Brasil (que se encerra em setembro deste ano) devo somar 22,7 milhões de toneladas, volume 22,77% inferior ao da safra anterior, mas ainda 1,1% superior ao estimado em julho pelo USDA.
Isso se deve às estimativas de recuo na exportação brasileira nesta temporada, prevista em 80 milhões de toneladas, 1,2% abaixo do relatório do mês passado e 2% inferior à quantidade embarcada na temporada 2020/21.
Assim, de 12 a 19 de agosto, ambos os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná da soja cederam 2,3%, com respectivos fechamentos de R$ 184,99/sc e de R$ 179,69/sc de 60 kg na sexta-feira, 19.