As vantagens obtidas por meio da inclusão do milho na alimentação animal já são bem conhecidas, sendo uma fonte de carboidratos com baixo nível de fibras e polissacarídeos não amiláceos solúveis (ODJO et al., 2015), fornece óleos poli-insaturados e ácidos graxos essenciais, como o ácido linoléico, e também corresponde a uma interessante fonte de aminoácidos sulfurados, como a cisteína e a metionina, e apesar de apresentar baixo teor proteico, sua alta inclusão na ração determina uma parcela significativa da proteína que é ingerida pelo animal diariamente (LOY; LUNDY, 2019). Inclusão essa que também determina grande parte do custo alimentar, aumentando a necessidade das estratégias para manutenção da qualidade das dietas e para redução dos custos de produção (VALADARES et al., 2016).
O conhecimento do valor nutricional das matérias-primas disponíveis para a formulação da ração é uma das etapas mais importantes da nutrição animal. A partir dessas informações são realizados os ajustes para corrigir o déficit nutricional, que somente pela inclusão dos macroingredientes, como o milho e o farelo de soja, não seria possível atender. Atualmente, os valores da composição nutricional média do milho e de sua digestibilidade são ferramentas importantes para os trabalhos com nutrição.
Contudo, devemos ter muito cuidado com os valores que serão assumidos na matriz nutricional da fórmula de uma ração, pois enfrentamos uma grande variabilidade nutricional dos diferentes milhos que chegam até a unidade de fabricação de ração. Este fator que dificulta a realização de ajustes precisos pelo nutricionista o que muitas vezes resulta em perdas zootécnicas significativas na produção animal.
Essa variabilidade é resultante de vários fatores que influenciam a qualidade da matéria-prima, como a genética do cultivar, as práticas agronômicas, o clima, o tratamento pós-colheita e o processamento da matéria prima (HENZ et al., 2013; ODJO et al., 2015).
Assim, as fábricas de rações são dependentes da avaliação nutricional das matérias-primas para melhorar a qualidade das rações (HENZ et al., 2013), por meio dos ajustes nutricionais mais precisos, controlando gastos com aditivos, óleos e aminoácidos e que são necessários para corrigir o déficit nutricional (MALLMANN et al., 2019).
Leia a matéria completa na edição 307 da Suinocultura Industrial