A inclusão de enzimas na dieta é uma prática já bem consolidada na nutrição de animais monogástricos e tem como objetivo aumentar a digestibilidade de diversos nutrientes presentes nos ingredientes das dietas comerciais. A Kemin, fabricante global de ingredientes, está lançando no mercado de enzimas da América do Sul a Kemzyme™ Protease e duas xilanases, que são a Xygest HT Dry e a Xygest Dry. A empresa já trabalha com portfólio de enzimas na Ásia, China, Europa e Índia.
“O lançamento foi para os países dos cones sul e andino, como Argentina, Chile, Peru e Colômbia. A Kemin detém todo o processo produtivo dos produtos, de modo que a garantia de qualidade e procedência possuem nosso histórico de confiabilidade”, detalha Natália Vicentini, gerente de marketing da Kemin.
A Kemzyme™ Protease, é uma enzima termoestável para ser utilizada em dietas à base de milho, farelo de soja ou outros tipos de grãos. Ela atua sobre as frações proteicas que não são totalmente digeridas, além de auxiliar na destruição de fatores antinutricionais naturalmente presentes como lecitinas e inibidores de tripsinas.
“Outra ação importante é a quebra de proteínas de armazenamento dos ingredientes vegetais e no caso de produtos de origem animal ela acelera a digestão, aumentando a absorção dos aminoácidos”, detalha Elisa. Umas das únicas multiprotease termorresistente com ação em pH neutro, ácido e alcalino, ou seja, ela atua melhorando a digestibilidade e absorção nos diferentes pHs do trato digestivo dos animais, de maneira muito mais efetiva que as proteases de cepa única, o que otimiza o uso dos ingredientes, permite a redução do custo da formulação e dos problemas ambientais gerados pela excreção do nitrogênio.
“De uma maneira simplificada, enzimas são catalisadores proteicos que aceleram uma reação química e não são consumidas durante esta reação que catalisam. Elas estão presentes no processo digestivo dos animais, porém nos monogástricos muitas delas são secretadas em baixa quantidade ou não são secretadas o que acaba reduzindo a digestibilidade da dieta”, explica Elisa François, gerente de serviços técnicos da Kemin.
A Kemin é reconhecida internacionalmente pela sua geração de conhecimento e novos produtos através de pesquisa em diferentes lugares do mundo. Com as enzimas não é diferente. Todas as enzimas foram submetidas a inúmeras provas de campo onde sua eficácia foi comprovada sob diferentes dietas e desafios. “No Brasil, por exemplo, já temos resultados de experimentos realizados em parceria com Universidades renomadas onde o uso de KEMZYME™ Protease mantém os índices zootécnicos de frangos de corte (peso médio e conversão alimentar) com a redução de até 8% de proteína bruta nas dietas em relação a um grupo controle”, conta Elisa.
Aves e suínos não conseguem digerir ¼ das dietas, por contas de fatores antinutricionais e não degradáveis das matérias primas comumente utilizadas. As enzimas entram como uma excelente aliada sob a ótica de sustentabilidade e melhor aproveitamento de nutrientes e insumos.
“Hoje são exploradas em várias aplicações pelas suas características termoestáveis, tolerância a diversos níveis de pH e propriedades bioquímicas, como por exemplo nos mercados de alimento e bebidas, nutrição animal, detergentes, bioetanol, papel e celulose, têxtil e tratamento de água. O mercado feed representou 1,2 Bi em 2022, aproximadamente 11% do potencial de todos mercados que mencionei, com uma CAGR 22’ a 27’ esperado de 7,18% (métrica usada para verificar se um determinado investimento é viável ou não), considerando-se a América do Sul”, detalhou Natália.
A Xygest™ Dry vem em duas versões a versão termoestável, voltada para rações peletizadas, extrusadas ou que sofram qualquer tipo de tratamento térmico, que é a Xygest™ HT Dry, e a versão para dietas que não passam por processamento térmico Xygest™ Dry. Elas são xilanases termoestáveis de alta resistência gástrica e térmica, que otimiza o uso dos ingredientes, permite a redução do custo da formulação e dos problemas digestivos relacionados aos fatores antinutricionais e polissacarídeos não amiláceos, além de atuar na melhora de saúde intestinal.
“Essas enzimas são utilizadas em dietas à base de milho e farelo de soja ou outros grãos, ela atua nos Polissacarídeos não amiláceos (PNAs). Os PNAs aumentam a viscosidade da digestão, prejudicando a absorção dos monossacarídeos presentes dentro destas estruturas. O farelo de soja, por exemplo, pode conter 20% de PNAs, e os monogástricos não secretam quantidades suficientes de enzimas endógenas para degradação destas substâncias”, finalizou Elisa.