O ministro do Ambiente e Ação Climática garantiu esta quarta-feira que a aposta do Governo nas energias renováveis não é feita à custa dos consumidores, que vão poupar dinheiro quando as centrais solares estiverem em funcionamento.
Falando no parlamento num debate sobre política setorial o ministro João Pedro Matos Fernandes explicou que se as centrais do leilão solar de 2019 estivessem em exploração os consumidores teriam poupado, desde o início do ano, cerca de 35 milhões de euros, que seriam 45 milhões se fosse tido em conta o segundo leilão (para energia solar).
Por isso vamos continuar, disse, com um novo leilão, “já em setembro, agora para as superfícies da água das albufeiras”. Na intervenção inicial da tarde de desta quarta-feira, dedicada a políticas ambientais, o ministro deixou críticas aos partidos da oposição, disse ser “batota” que se queira reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 55% numa década e não se querer fechar a refinaria de Leça da Palmeira ou a central termoelétrica de Sines, ou ainda querer energias limpas, mas não aceitar os parques solares.
As iniciativas na área do ambiente vão aumentar com o Plano de Recuperação e Resiliência, avisou o ministro, dando como exemplos a recuperação de rios, o investimento de 130 milhões de euros em bioeconomia, a melhoria da eficiência energética dos edifícios, ou mais autocarros e mais recuperação de paisagem. Um trabalho, que, alertou, precisa do esforço de todos, porque não se pode forrar o telhado de um supermercado com painéis solares e depois deitar fora produtos ainda consumíveis.