A BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, está cada vez mais atenta ao uso racional da ração e vem reforçando orientações entre seus mais de 10 mil produtores integrados. Com a nova onda de baixas temperaturas que chega à Região Sul, essas medidas ganham ainda mais importância, pois além de ser uma ação sustentável que evita desperdícios, a melhor gestão deste insumo tem reflexo na rentabilidade e eficiência das granjas.
“Ter a máxima atenção à climatização dos aviários é uma das formas de melhorar a conversão alimentar de ração em carne. Estar atento à climatização e contar com comedouros bem ajustados são medidas eficientes e ao alcance de todos os produtores.”, explica Marcus Reginatto, gerente executivo da área de nutrição animal da BRF.
Manter as aves dentro da zona de conforto térmico permite que elas expressem todo seu potencial genético e sejam mais eficientes na transformação de ração em ganho de peso. Se o aviário estiver em temperatura abaixo ou acima do ideal, as aves precisarão de mais alimentos para equilibrar a temperatura corporal. Por consequência, a energia consumida, que deveria ser direcionada ao crescimento da ave, é perdida.
Entre os exemplos de como o manejo adequado tem reflexos na conversão da ração em proteína está o trabalho desenvolvido pelo produtor Gilmar Chimento, de Marau (RS). Com diferentes ações, investimentos e controles mais modernos do aviário, ele melhorou em cerca de 25% a conversão alimentar nos últimos anos.
Produtor integrado há 26 anos, Chimento tem hoje 4,8 mil metros de galpões em dois aviários, que alojam 67 mil aves. Em 2015, ele modernizou e automatizou os espaços, otimizando a troca de ar, com vedação avançada e criando um microclima perfeito.
“Melhoramos a conversão de 1,9 quilo de ração para cada quilo de frango produzido para 1,5 quilo nos últimos anos. Isso com sistemas automatizados dos controles dos comedouros e da temperatura, com mais conforto aos animais e boa distribuição de água, o que ainda nos ajudou a reduzir o trabalho manual”, comemora Chimento.
Lonas adequadamente vedadas evitam a fuga de calor no frio, por exemplo, e por consequência, a propriedade irá demandar menos recursos em energia. Ou seja, o produtor terá um ganho duplo com o uso racional de rações e energia elétrica. Outro ponto que exige atenção é o manejo dos comedouros. Comedouros com abertura e/ou altura mal reguladas podem levar ao desperdício de ração na cama (conjunto de materiais utilizados para forrar o piso dos aviários) ou reduzir o consumo do alimento e, consequentemente, o crescimento das aves.
Para Reginatto, a união de esforços da indústria e dos produtores integrados é o melhor caminho para tornar as granjas cada vez mais eficientes e sustentáveis. “Evitar desperdícios, de qualquer tipo, é uma missão constante da BRF”, ressalta o gerente executivo da área de nutrição animal da BRF.