Cerca de 8% da produção brasileira de milho é absorvida pela cadeia de proteínas da BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo. Diante disso, a companhia anunciou nesta segunda-feira que destinará R$ 10,2 milhões para rastrear 100% dos grãos que compra até 2025, garantindo sustentabilidade e competitividade ao negócio. O recurso faz parte dos R$ 700 milhões já anunciados pela companhia no começo deste ano em seu processo de transformação digital.
Estamos fechando o cercado para garantir que estamos comprando de quem produz de forma correta”, afirma o vice-presidente de supply chain e commodities da BRF, Leonardo Dall’Orto. Ele diz que, além da preocupação com o ambiente, a empresa está acelerando seus investimentos em sustentabilidade para se colocar à frente da concorrência em mercados que cobram adoção de práticas de ESG. “Essa iniciativa abrirá muitas portas e manterá várias outras abertas”.
Novas tecnologias
O diretor de operações e compras de commodities da BRF, Gilson Ross, destaca que o trabalho reúne diversas áreas da companhia e que os recursos serão usados, entre outras frentes, para adquirir e operar tecnologias de georreferenciamento e monitoramento de safra, além de bancar equipes de campo que validarão as informações. “Queremos saber exatamente quem está produzindo e de que forma”, disse.
Ross salienta que a empresa cruza dados de georeferenciamento com informações públicas sobre desmatamento, trabalho escravo e outras inconformidades socioambientais. Fornecedores irregulares são suspensos temporariamente para que as equipes da companhia possam contatá-los e entender a situação. Após orientação, se o problema não é solucionado, os agricultores são bloqueados definitivamente.