Na última terça-feira (05/02), o secretário estadual de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, reuniu-se com representantes dos municípios do Oeste do Paraná para debater sanidade animal na região.
São 54 municípios, cuja atividade econômica constitui o maior centro produtor de proteína animal do Brasil, e para isso alegam que precisam do apoio do governo do Estado no avanço para que o Paraná seja declarado como livre de febre aftosa, sem vacinação.
O secretário disse que a condição técnica para conquistar esse status já foi solicitado pela Secretaria de Estado da Agricultura e a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). A reunião foi promovida pelo programa Oeste em Desenvolvimento, entidade que conta com a participação de órgão públicos e privados.
Segundo Ortigara, foram cumpridas 90% das pendências sanitárias e faltam poucos detalhes determinados por duas auditorias feitas pelo Ministério da Agricultura, cujas providências estão sendo adotadas. Para ele, agora a questão é mais política do que técnica.
O processo sofre restrições por parte de pecuaristas que trazem gado de outros Estados e não estão satisfeitos com o fechamento de fronteiras interestaduais para cargas vivas, disse Ortigara. O fechamento das fronteiras seria uma determinação do Ministério da Agricultura, conforme exige o protocolo.
Segundo o empresário Elias Zydek, de Medianeira, 65% do mercado externo está fechado para compra da carne suína paranaense porque ainda se vacina bovinos contra febre aftosa. A vacinação é dirigida apenas a este setor, mas a ação restritiva provoca impactos nas exportações de aves e suínos.
O programa Paraná Oeste em Desenvolvimento e vai contar com investimentos da Itaipu Binacional para a região Oeste do Paraná. Entre os investimos previstos foi eleito como prioridade a sanidade animal.
Entre as metas já estabelecidas pelo programa, até 2020 serão implantados 54 Conselhos de Sanidade Agropecuária no Oeste do Paraná, que vão interagir com a sociedade e com o poder público. A preocupação é manter a biosseguridade em suinocultura, disse Zydek.