A avicultura latino-americana tem tudo para ser a maior do mundo. Nos próximos anos, a atividade deve crescer quase o dobro da média mundial. Embora ainda díspare entre os países, em termos tecnológicos ou de desenvolvimento de mercado, a produção de frangos tem se mostrado vigorosa em locais como Peru, Colômbia e Bolívia, além de Panamá e Nicaraguá, na América Central.
A América Latina tem no Brasil o segundo maior produtor e principal exportador da proteína, com a Argentina também colhendo os frutos de anos de investimentos na atividade produtiva, calcada por sua grande produção de grãos. Ambos, têm uma produção altamente competitiva no comércio internacional, que pode se ampliar ainda mais frente a possibilidade de acordos como o Mercosul-União Europeia.
Hoje, cerca de 50% da proteína animal consumida nos países que compõem a América Latina é a carne de frango, que além da preferência dos consumidores, também possui preços mais acessíveis. No mundo, ela já ocupa o topo do ranking das proteínas mais consumidas, principalmente depois dos surtos sanitários em suínos ocorridos na Ásia, que tem dizimado planteis, e que até então era a carne mundial preferida.
A indústria avícola, no entanto, tem de estar preparada para os desafios encontrados nos mercados locais, que dependem do grau de maturidade dele e características locais, e nos de exportação. Os mercados têm demandado cada vez mais exigências relacionadas às formas de produção, assim como em relação à qualidade. Bem-estar animal, sistemas livres de antibióticos, aves de crescimento lento são questões cada vez mais relevantes e devem ser levadas em consideração pela indústria, assim como a questão sanitária, essencial a qualquer sistema produtivo.
Uma boa leitura!
Humberto Luis Marques