Bridget McKenzie, ministra da Agricultura da Austrália, anunciou na terça-feira (15) a decisão tomada pelas autoridades da fronteira, no sábado, em Sydney (12), afirmando que Camberra está empenhada em evitar a entrada da Peste Suína Africana no país. “Deportamos uma mulher de 44 anos por ter violado as nossas regras de biossegurança. Temos que manter o atual status de sermos livres da peste suína africana que nos últimos oito meses se espalhou pela Europa e Ásia”, disse.
A deportação, explicou, foi deliberada no âmbito de um aumento significativo das medidas de controle no intuito de evitar a entrada da doença na Austrália, que poria em risco mais de 2.700 produtos e 36 mil empregos.Entre as medidas preventivas, explicou, o Governo australiano enviou especialistas para Timor-Leste.
“Comprovou-se que a doença chegou a Timor. Os nossos veterinários estão trabalhando com as autoridades timorenses a tentar desenhar um plano para erradicar a doença em Timor-Leste”, disse. “Enviamos também cães para Darwin para ajudar no processo de verificação dos voos diretos de Díli”, destacou.
Considerando a doença uma das maiores ameaças de saúde animal no mundo, McKenzie explicou que testes efetuados a produtos suínos importados para Austrália mostram um aumento da prevalência da doença desde o início do ano.Segundo ela, desde o início do ano o Governo detetou mais de 27 toneladas de produtos suínos, tendo o nível de contaminação aumentado de 15% no inicio do ano para quase metade em setembro.
“Nos últimos meses temos trabalhado para fiscalizar mais e melhor, tanto passageiros como carga. Temos scans 3D e mais atenção às inspeções. Os dados mostram que há cada vez mais produtos contaminados com peste suína africana”, afirmou.
McKenzie disse que a mulher deportada no fim de semana não declarou os produtos, explicando que “não declarar estes produtos é uma violação da lei de biossegurança”.
“O seu visto turístico foi cancelado e a mulher não poderá visitar a Austrália nos próximos três anos”, frisou.