Os principais insumos da suinocultura e da avicultura iniciaram o mês de novembro com altas nas cotações. De acordo com os dados divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta segunda-feira (11/11), compradores voltaram a demonstrar interesse por novos lotes de milho no spot, o que elevou os preços do cereal nos últimos dias na maior parte das praças acompanhadas pelo órgão.
Já nos portos, o ritmo de negociação diminuiu, visto que muitos vendedores têm priorizado a comercialização no mercado doméstico – onde os preços estão mais atrativos. Ainda assim, os embarques estão firmes e devem se manter aquecidos nos próximos meses.
Segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), as exportações de milho somaram 6,14 milhões de toneladas em outubro, apenas 5,6% abaixo das de setembro. No mercado interno, entre 1º e 8 de novembro o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu 3,3%, fechando a R$ 42,94/sc de 60 kg na sexta-feira, 8.
Já os preços da soja em grão voltaram a subir no mercado brasileiro, cenário que preocupa representantes de indústrias. Isso porque muitas mostram dificuldades em repassar os maiores custos para os derivados (farelo e óleo).
Segundo colaboradores do Cepea, parte das fábricas já reduziu o processamento neste ano e/ou paralisou as atividades, devendo retomar a produção apenas na entrada da próxima safra. Nos últimos meses, a firme demanda por óleo de soja para atendimento de contratos de produção de biodiesel favoreceu a receita de esmagadoras. Por outro lado, a maior produção de óleo gerou certo excedente de farelo, o que, por sua vez, pressiona as cotações desse derivado e, consequentemente, as margens de empresas.