Em matéria de produção de energia limpa a Alemanha vem se superando a cada ano. O incentivo vai desde a esfera federal até iniciativas locais em pequenos vilarejos. O resultado do esforço é que só no primeiro semestre deste ano, o país adquiriu mais de 30% de sua energia de fontes renováveis.
A informação é da Federação Alemã de Energia Renovável (BEE). Entre as alternativas usadas estão a energia eólica, solar, biomassa e hidrelétrica. A meta é produzir 45% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis até 2040 e 60% até 2050.
De todas as opções, a energia eólica foi a que mais se destacou. No primeiro semestre de 2017 houve um grande salto em relação aos anos anteriores, passando de 34,08 TWh (Terawatt-hora) no primeiro semestre de 2015 para 34,71 TWh um ano depois. Neste semestre o número já subiu para 39,75 TWh.
Preocupado com o Acordo de Paris, o diretor da BEE, Harald Uphoff, afirma que a revolução energética está acontecendo muito lentamente na Alemanha. Para ele, o recorde representa uma compensação pelo lento progresso de outros setores.
Uphoff citou, por exemplo, a falta de avanço na indústria de transportes – que tem representado um desafio com números desfavoráveis energeticamente. “A energia limpa é essencial para criar empregos sustentáveis e para fazer a economia alemã apta para o futuro. O próximo governo federal deve tomar medidas abrangentes para a energia renovável, de modo que a Alemanha possa cumprir com suas obrigações”, afirmou.
Ainda assim, é notável os progressos dos últimos anos. Em 2016, a Alemanha bateu recorde de energia, que chegou a ser grátis por um dia. Neste mesmo ano, um bairro em Friburgo estava produzindo quatro vezes mais energia do que consome. Além disso, a grande produção de energia eólica deste ano talvez possa (também) ser explicada pelo aumento de sua capacidade de gerar este tipo de energia com usinas instaladas no mar, veja aqui.
Dentre as iniciativas mais recentes do país, está a assinatura de uma declaração conjunta para a cooperação climática com a Califórnia.