A Enteropatia Proliferativa Suína (EPS) é causada pela bactéria intracelular, Lawsonia intracellularis, que infecta os enterócitos das criptas do intestino delgado. Tem distribuição mundial com relevância variada, segundo suas particularidades em diferentes países. É responsável por grandes perdas econômicas em sistemas tecnificados de produção suína, decorrentes do alto índice de mortalidade, uso de medicamentos e redução do ganho de peso médio dos animais, chegando a US$ 20 milhões em perdas anuais nos países com grandes produções (McORIST, 2005).
A Enteropatia Proliferativa pode-se apresentar como uma síndrome hemorrágica aguda que resulta em óbito, conhecida como Enteropatia hemorrágica, ou como síndrome não hemorrágica que causa diminuição no ganho de peso, conhecida como Adenomatose Intestinal Porcina. Caracteriza-se como uma doença entérica transmissível que atinge leitões desmamados de todas as idades, e hiperplasia das células epiteliais das criptas intestinais. Afeta também outras espécies de mamíferos, como equinos, roedores, algumas aves e primatas não humanos, porém, os suínos e os hamsters são as espécies mais gravemente afetadas (LAWSON; GEBHART, 2000).
O Brasil, devido a ampla produção de carne suína, e sua evidente competitividade, também é afetado pelos impactos de doenças que representam os principais limitantes nos lucros e na eficiência dessa cadeia de produção. Apesar disso, poucos estudos foram conduzidos no País com o objetivo de se investigar a prevalência da EPS nos rebanhos nacionais (GUEDES, 2008). Desta forma, objetivou-se, por meio desta revisão de literatura, esclarecer alguns aspectos acerca da EPS, informando os riscos das infecções causadas pela bactéria Lawsonia intracellularis no suíno, assim como as medidas citadas para as precauções, controle e tratamento desta enfermidade.