Dentre os fatores físicos da incubação, temperatura é um dos mais importantes fatores. Temperatura de incubação acima da considerada ótima para aves domésticas (37-38°C), (Romanoff, 1960; French, 1997), reduz a qualidade das aves na eclosão (Hagger et al., 1986; Leksrisompong et al., 2007; Willemsen et al., 2011; Boleli & Queiroz, 2012) e seu crescimento pós-eclosão (Decuypere et al., 1979; Geers et al., 1982), além de reduzir a eclodibilidade e a massa corporal sem o saco de vitelo (LOURENS et al., 2007; HULET et al., 2007; LEKSRISOMPONG et al., 2007).
Além disso, vários estudos têm demonstrado que os pesos de órgãos e, especialmente, peso do coração, são reduzidos devido a uma alta temperatura de incubação (WINELAND et al., 2000, LEKSRISOMPONG et al., 2007; LOURENS et al., 2007). Os pesos cardíacos reduzidos na eclosão, devido à alta temperatura de incubação podem aumentar a suscetibiliadde das aves a desordens metabólicas relacionadas ao desenvolvimento cardiovascular (LEKSRISOMPONG et al., 2007). Além disso, alta temperatura de incubação pode ocasionar em um maior saco de vitelo residual, podendo este resultar em queda na qualidade das pintainhas e diferenças na mortalidade na primeira semana por infecções do umbigo/saco vitelino.
Considerando-se que durante a incubação existe variação de temperatura no interior das incubadoras, é plausível supor que o estresse térmico durante a incubação possa estar causando prejuízo no desenvolvimento das galinhas poedeiras. Diante do contexto exposto, o presente estudo teve como objetivo verificar se pintainhas oriundas de ovos estressados por calor durante a incubação apresentaram comprometimento na qualidade pós-eclosão.