Vivemos em um tempo muito preocupante em nossa sociedade. Um tempo em que uma parte da população só quer viver tirando vantagens, sobressaindo sempre acima dos demais, por acharem que isso já virou ética ou simplesmente moda. Isso se dá em todas as esferas nesta “Nova Sociedade”, que acredito que seja por muitos terem abandonado, há algumas décadas, os valores da família, onde se ensinavam os bons costumes, a educação, a moral, a ética, o comportamento exemplar de casa para a sociedade e a escola complementava apenas com conhecimentos.
Hoje o que se vê em muitos jornais, TVs, redes sociais é a decadência de uma sociedade de valores, onde por mais que se prove a retirada, subtração alheia, nada pode-se fazer a não ser arcar com prejuízos e pagamento de impostos.
A situação política do país vive o maior caos da história da República, desmoralizando todas as pessoas do bem e tirando o restinho de esperança que tínhamos de um Brasil melhor. Essa constatação é baseada na perda de poder de compra do consumidor, nas empresas que demitem funcionários, nas lojas que fecham e o desemprego batendo recordes a cada anoitecer, frustrando inúmeros arrimos de famílias que enxergam a escuridão tomar conta de seus caminhos, sem perspectivas de quando a luz voltará a clarear para acender a esperança dos quase desesperançáveis.
Nessa situação se encontram milhares de famílias que fazem do agronegócio sua vida, que investiram muito do suor de suas famílias por gerações e agora perdem tudo por falta de uma política justa para este importante setor.
Na suinocultura vivenciamos uma crise maior que a histórica de 2012, onde o massacre da produção de elite foi inconsolável. Nosso país rico por natureza, onde plantando tudo dá, está afundando por falta de uma política justa para o único setor que está positivo na balança comercial.
Quem hoje precisa de proteína vegetal para transformar em proteína animal não vê o horizonte, mas um buraco, que se continuar assim por muitos dias, será sua sepultura. Os recordes de exportação de milho comemorado pelo governo estão condenando à morte, não somente os produtores, mas também todo o setor de processamento destas importantes proteínas seja de suínos, aves ou leite. Tal contexto decretará a falência de um Estado em excelência sanitária animal, como é Santa Catarina.
Precisamos unir cada vez mais esforços para podermos mudar esta realidade, antes que o campo vire um lugar sombrio, onde nossos heróis sem medalhas percam o amor pelo trabalho, incentivando cada vez mais seus filhos a abandonarem o meio rural e se urbanizarem, por uma utopia de melhor qualidade de vida. Pensem nisso, pois quando faltar a proteína animal de cada dia, será muito tarde pra recomeçar.
*Artigo escrito pelo presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi