No Acre, uma parceria envolvendo o governo do Estado, por meio do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), setores de clima e energia, o WWF/Brasil e a Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) –, resultou num estudo de caso que indica três alternativas de energia renovável.
Os estudos de caso foram apresentados nesta sexta-feira, 19, no auditório da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), pelas equipes do WWF/Brasil e pelo professor Amaro Pereira, do programa de Planejamento Energético da Coppe UFRJ. Representantes do IMC, Agência Reguladora de Serviçõs Públicos do Acre (Ageac), Funtac e CDSA também participaram da apresentação.
“Estamos apresentando os resultados dos trabalhos e a partir disto vamos pensar como melhorar a nossa energia renovável em termos de custos financeiros e ambientais, para que possamos avançar em alternativas sustentáveis e economicamente viáveis para o Acre”, explicou a diretora-presidente do IMC, Magaly Medeiros.
A Coppe-UFRJ e o WWF/Brasil fizeram um mapeamento da situação da energia do Acre em comunidades isoladas. O próximo passo é mostrar que isso pode representar geração de renda e emprego e se revela como uma ótima oportunidade para o estado se tornar mais independente do ponto de vista energético.
“Fizemos uma análise de todas as possíveis fontes que poderiam ser economicamente viáveis de aproveitamento. Mostramos três estudos de caso de como seria, hoje, a geração de energia a partir de biomassa, usando a mandioca, florestas energéticas de espécies arbóreas e, por último, a geração de energia fotovoltaica, com aproveitamento de energia solar”, explicou o líder de Florestas do WWF/Brasil, Marco Lentine.
O professor Amaro Pereira, da Coppe-UFRJ, disse que os resultados são importantes nessa etapa. “A gente fez os estudos de caso usando a geração de energia elétrica a partir do etanol em Marechal Thaumaturgo e a partir de biomassa”, contou.
Viabilidade econômica e social
Os estudos de caso indicam que as três opções são boas, pois podem trazer desenvolvimento para o estado e beneficiar as comunidades. São alternativas para o Acre desenvolver energia renovável descentralizada, sustentável e que vai beneficiar toda a população, além de diminuir as emissões de gases de efeito estufa.