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Consumo

Mercado de carne suína dá sinais de reação

Criadores dizem que vendas podem crescer muito mais. Cortes diferenciados estão entre as apostas do setor para conquistar clientes

Mercado de carne suína dá sinais de reação

O mercado de carne suína aproveita uma fase que é considerada boa. Mateus Flório Neto, gerente de uma granja em Boituva (SP), diz para o Nosso Campo que a procura aumentou por causa do preço da carne e da situação econômica do país.

A granja, que é uma das maiores do Estado, tem um plantel de 12 mil animais e abate cerca de seis mil porcos por mês.

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal, a exportação da carne suína cresceu 30,7% em agosto, em uma comparação com o mesmo mês do ano passado. O maior importador é a Rússia. Mesmo com os recentes números positivos, o consumo ainda é considerado baixo diante do potencial.

Em Itaberá (SP), na fazenda de Dagoberto Mariano César, o sistema de produção é o semi-intensivo. Durante parte do dia, os animais ficam soltos no pasto a poucos metros da granja e podem circular com mais liberdade.

A zootecnista Yone de Godói explica que nem todos os criadores conseguem ter esse tipo de manejo devido ao espaço e ao tamanho da produção. A grande vantagem é o bem-estar animal.

O plantel de Dagoberto é pequeno, o que facilita o controle do sistema. São 100 matrizes. A ideia é expandir o negócio, sem deixar de lado o padrão.

Renato César Sebastiani, diretor comercial de um frigorífico em Boituva (SP), diz que a versatilidade da carne suína é grande. O número de cortes, que antes era considerado pequeno, atualmente chega a 60, o que ajuda a conquistar novos clientes.